Exemplo de superação
Após acidente em dezembro, ciclista de 51 anos se recupera e defende o Rio de Janeiro na Copa América
09/01/2012
Rita de Cassia Medeiros superou seus limites no RJ Por Fernando Bittencourt
A Copa América de Ciclismo se encerrou neste domingo (8) deixando muito mais do que títulos ao final do percurso de 110 km, como o exemplo de superação demonstrado pela ciclista Rita de Cássia Medeiros, de 51 anos.
A atleta, assim que recebeu o convite para representar a seleção do Rio de Janeiro na 12ª edição da Copa América de Ciclismo, na capital fluminense, foi atropelada quando voltava para casa de bicicleta, há menos de um mês. Ao se chocar com o carro, sofreu uma lesão no tórax e outra na costela, sendo obrigada a se afastar dos treinos.
“É um milagre eu estar aqui competindo. O acidente aconteceu no fim do ano passado, a pancada foi tão forte que eu amassei o capô do carro. Tomei vários medicamentos durante 14 dias para melhorar minha imunidade e terminei o tratamento no dia 30 de dezembro. Precisei ter muita força de vontade, mas consegui superar todas as dificuldades com a força de Deus”.
O bom preparo físico da atleta, que é maratonista desde 1989 e chegou a conquistar o por duas vezes o Campeonato Brasileiro (1998 e 1999), além do Sul-Americano em 1995 da modalidade, permitiu a Rita concluir a prova na 22ª colocação com o tempo de 1h04min34s, demonstrando não perder o fôlego. Apaixonada por ciclismo, Rita resolveu se dedicar inteiramente à modalidade, contudo, precisou se afastar em 2010, quando ficou com hepatite e sofreu com algumas dificuldades na carreira.
“Nessa época eu perdi a minha equipe, o patrocínio, foi muito difícil. Fiquei sabendo do diagnóstico da doença em fevereiro, mas me recuperei, mais uma vez, e conquistei dois pódios naquele ano. Em agosto, fiquei em quarto lugar no Circuito Claro 100 e no mês de setembro terminei em quarto na Copa Light”, disse a veterana.
De acordo com Rita de Cássia, o segredo da juventude é praticar esportes, ter uma boa alimentação, dormir bem e ter uma vida regrada. “Sigo as orientações de uma nutricionista, evito o consumo de açúcar para não alterar o meu desempenho nas provas, como muitas frutas, legumes, verduras e tudo que for o mais natural possível. Vou competir no ciclismo até morrer, treino cerca de 400 km por semana. Gosto de passar o exemplo para as mulheres, assim elas podem ver que é possível disputar competições com a minha idade e até bem mais velhas”, revelou a atleta que coincidentemente possui o nome da santa das causas impossíveis.
Sua companheira de equipe, Tatiana Leal, de 31 anos, acredita que não há limites para um atleta seguir no esporte. ”Tudo depende do tempo dedicado ao treinamento, não tem a ver com a idade, você corre até não aguentar mais. Eu estou no ciclismo há menos de um ano e agora treino cerca de 250 km por semana. Quero continuar por muito tempo no esporte” concluiu a ex- triatleta, que também trabalha como professora de educação física.
Vinte anos mais nova que a veterana, Tatiana Leal terminou o percurso em 23º lugar, penúltima colocação da Copa América, após cravar a marca de 1h07m25s. A disputa da elite feminina contou com três voltas, em um circuito de 12,2 km, reunindo 26 ciclistas no Aterro do Flamengo, onde duas atletas abandonaram a prova.
2 comentários:
Parabéns Ritinha!!! Vc é um exemplo de superação e garra!
Bjs!
Adriana Dexheimer.
Parabéns Ritinha!!! Estou voltando para ser sua aluna!!!
Parabens Walter por ter uma professora exemplar!!! Bjs
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