por Diego Gomes
A
equipe WT saiu do Rio no sábado em três comboios separados. Dudu e Leandro
Caram foram mais cedo e Luis, Diego Gomes e Gabo logo depois do almoço. A
estrada estava tranquila e aproveitamos o tempo para repassar o trajeto da
prova, discutir estratégias e lembrar algumas histórias do ano anterior.
Chegamos
a Itanhandú às 19hs e resolvemos pegar logo o kit de competição,
encontramos Dudu fazendo os últimos acertos na bike. Deixamos o Dudu por
lá e partimos para o rango. Tradicionalmente nessa etapa do Big Biker, é
montada uma barraca na praça central aonde um grupo de senhoras prepara uma
massa com algumas opções de molhos, visando arrecadar recursos para o Lar dos
Idosos. A Igreja da cidade fica anunciando a macarronada e todos os atletas
costumam se alimentar lá. O prato é bem servido e o preço super justo: R$ 15.
Devidamente
alimentados, voltamos para pegar o kit. A fila da categoria PRO estava muito
maior do que da Sport, apesar de a PRO ter 1/3 dos inscritos na Sport. Com o
kit em mãos, só faltava agora despedir do Dudu que continuava ajustando sua
bike, encontrar o Leandro Caram que tinha acabado de comer também e partir para
a pousada.
Partimos
para a Pousada Pedra da Mina em Passa Quatro 11 km de Itanhandú. Uma bela
pedida para ficar com conforto e próximo da Prova. Um lugar seguro, amplo e
agradável e com boa receptividade, deixou a gente com tranquilidade para os
preparativos.
Chegamos
na pousada e partimos para o ajuste das bikes. Este foi fundamental para
não precisar ficar na correria no domingo antes da prova. No MTB é fundamental
você ter uma mínima autonomia mecânica, já que existem muitos detalhes
importantes para serem cuidados. Checklist foi completo, com calibragem de
pneus e suspensões, lubrificação de corrente e câmbios, verificação das pinças
de freios, ajuste fino das marchas, posição do canote e selim, além da famosa
colinha da altimetria da prova devidamente grudada no quadro. ;-). Depois
de uma boa noite de sono restou apenas acordar, tomar um bom café da manhã e
partir para Itanhandú.
Partimos
às 7h10, o trajeto é rápido, 15 minutos da Pousada até a rua paralela a rua da
largada. Estacionamos o carro próximo ao colégio, retiramos as bikes do carro,
repassamos os ajustes, alimentação, ferramentas e partimos para alinhar na
linha de largada.
Nas
etapas do Big Biker é muito importante se alinhar bem cedo, devido a grande
quantidade de participantes, nesta etapa da PRO 257 competidores. Se você larga
bem a chance de chegar bem é grande, pois você “anda” com os competidores com o
mesmo pace que o seu.
Largada
às 8h30, ao som do hino do Big Biker a galera sai enlouquecida já disputando
posição mesmo com a largada neutralizada. Esta etapa é a prova mais rápida do
circuito, são 94 km com média de velocidade alta para uma prova de MTB,
normalmente entorno de 20 km/h.
A
prova se configura em estradões de terra com cadência alta e troca de marchas
rápidas em função dos pequenos “sobe e desce”. No trajeto da categoria PRO
tinham duas montanhas, a primeira com +/- 4 km após o KM 25 e a segunda, a
chamada serra Palmital no KM 65, com +/- 8km bem íngremes. Esta última o
divisor de águas da prova, os competidores com pace acima de 20km/h quebram o
ritmo para vencê-la.
Após
a serra o trajeto volta para os estradões “baladeiros”, cadência alta e “sobe e
desce” até a linha de chegada.A organização do circuito Big Biker é
espetacular. Postos de hidratação bem localizados e ao final da serra um posto
GU com isotônico à vontade.
Para
os competidores que fecharam a prova em mais de 4h30 ainda teve uma apimentada
final, chuva. A serra foi o divisor da chuva. Os competidores que passaram na
serra antes da chuva conseguiram fechar a prova “limpos” e sem o desgaste
natural da lama do MTB, já os que passaram na serra com a chuva “caindo”, não é
Gabo ;), foram premiados com muita lama e um trajeto final recheado de emoções!
Ao
final, todos chegaram bem e, apesar das dores e desconfortos naturais de uma
prova de MTB com pace alto, com o sorriso estampado no rosto devido a
felicidade e a realização de estar em nossos habitat natural, a lama!
A
equipe WTMTB agradece ao Wéio treinador Walter Tuche, ao mestre da MTB, Dudu e
aos companheiros de treino diários. Sem esquecer, lógico, da família que fica
em casa apreensiva aguardando boas notícias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário