Treinos de
montanha, dicas (parte 1)
Temos
visto cada vez mais atletas se dedicando aos treinos de montanha. A conquista
de uma montanha emblemática ou a melhora do tempo pessoal em um trajeto
habitual ou onde há uma grande concentração de ciclistas querendo estabelecer
um recorde de percurso torna-se a cada dia uma motivação a mais para esses
treinos.
Diante disso iremos publicar uma série de questões que pode auxiliar os ciclistas
Abaixo , ligamos os ítens que iremos abordar e a data de publicação de cada um deles.
Aproveite a leitura
Iremos
enumerar alguns itens que podem lhe ajudar nesses treinos:
- Segurança – publicação no dia 23/12
- Posição das mãos no guidom – publicação no dia
23/12
- Frenagem – publicação no dia 23/12
- Posição do corpo no selim (ou fora) – publicação no
dia 25/12
- Troca de marchas – publicação no dia 25/12
- Cadencia – publicação no dia 27/12
- Qual o numero de dentes dos pratos do pedivela
a utilizar: compact, mid compact ou
normal – publicação no dia 27 /12
- Como
calcular a inclinação de uma montanha –
publicação no dia 29/12
- Como as montanhas são categorizadas – publicação
no dia 29/12
· Segurança
- Subir na mão da via e não na contra mão e tão
pouco em zig zag;
- Os mais rápidos devem avisar, sem assustar, os
mais lentos ao ultrapassar, seja na subida ou na descida;
- Ciclistas pensam que por serem mais “frágeis” no
transito todos devem respeita-los e eles não respeitam o transito , os
pedestres e muitas vezes os carros e ônibus;
- Use capacete e luva sempre;
- Observar as condições do taco da sapatilha, pois
caso estejam gastos, podem desclipar subitamente levando a uma queda;
- Nas descidas vemos indivíduos alucinados sem
respeitar limites de velocidade e a segurança de todos.
Nas
descidas, onde o piso é muito esburacado ou irregular, fique atento para deixar
a corrente no prato grande da coroa da frente e numa marcha intermediaria no
cassete atrás. Isso faz com que a corrente permaneça esticada evitando que ela
caia do prato grande.
Um
outro aspecto importante esta na variação climática da montanha e possibilidade
de névoa densa. Caso o tempo nao esteja claro, fique atento a isso e a pouca
visibilidade.
· Posição das
mãos no guidom
O
guidom do ciclismo permite que o ciclista tenha três formas de segurar o
guidom:
A –
mãos sobre as manetes
B –
mãos segurando no meio do guidom
C –
mãos segurando o guidom na curva do mesmo
Nas
subidas observamos a maioria dos ciclistas segurando com as mãos sobre as
manetes (posição A). É uma posição que dá bastante firmeza na condução da
bicicleta seja com o ciclista em pé ou sentado, e tem tanto os freios quanto as
marchas a mão facilitando a dirigibilidade. Por ser uma posição menos
aerodinâmica (menor flexão do tronco) favorece a respiração em indivíduos menos
treinados.
A
posição chamada de B é igualmente confortável em relação a posição numero 1,
mas deve-se ficar alerta principalmente em subidas em grupo pois o freio não
está na sua mão
Já a
posição C é a menos favorável principalmente em ciclistas iniciantes mas nada
impede que se escale montanhas nessa posição.
Nas
descidas, a melhor posição será sempre a C , pois o ciclista terá a bicicleta
mais “na mão” e sempre com os freios com uma alavanca maior de frenagem,
tornando a mais fácil.
Dormência nas mãos ocorrem com certa regularidade, seja no plano, subida ou descida.
Dois diferentes tipos ocorrem:
1 - dormência é nos dedos mindinho e anelar;
2 - mãos e dedos todos.
Dormência nas mãos ocorrem com certa regularidade, seja no plano, subida ou descida.
Dois diferentes tipos ocorrem:
1 - dormência é nos dedos mindinho e anelar;
2 - mãos e dedos todos.
No
primeiro caso a dormência esta diretamente a enervação localizada no pescoço
(região
cervical) que ramifica para os membros superiores e dedos, através dos nervos
cubital e ulnar. A contração forte na região do pescoço, o cotovelo sem estar
relaxado
sao em geral a causa ocorrência. Relaxar o pescoço com movimentos de rotação
lateral
e flexão do pescoço tendem a melhorar isso (mas não perca a visão frontal!!!),
assim como deixar o cotovelo ligeiramente flexionado.
No
segundo caso, principalmente ciclistas iniciantes “agarram” o guidom / manetes
da
bicicleta comprimindo os nervos da mão. Segurar com firmeza mas sem ficar
com os
dedos fazendo “força” para a bicicleta não fugir e trocar a pega da mão
diminuem este
· Frenagem
Deve-se
apenas observar a regulagem da distancia das manetes em relação a curva do
guidom (alguns fabricantes possibilitam isso em seus produtos). Pessoas com
mãos pequenas devem estar atentos a isso.
Em
descidas longas mudar de posição é interessante , mas jamais deixar os freios
fora do alcance das mãos.
A
frenagem devera ser sempre gradativa e na medida do possível alternando a força
das mãos nas manetes , ora fazendo mais força com a dianteira , ora com a
traseira. Desta forma os freios não aquecem e a capacidade de frenagem
permanece constante.
Sentar numa posição mais recuada aumenta a aderência do pneu traseiro na hora da freada.
Deve-se segurar as manetes com firmeza com as mãos , mas não ha necessidade de ficar com dedos e braços contraídos
Em
alguns momentos os atletas muitas vezes deixam a manete de freio ligeiramente freada
o que leva a um permanente contado da sapata do freio com o aro e assim mantem
– se o aro aquecido e provocando um desgaste das mesmas de forma desnecessária.
Em descidas
íngremes ou longas as bicicletas com rodas de carbono devem atentar para a
recomendação acima. Frenagens prolongadas podem deformar a banda de frenagem quando
a mesma for de carbono. Caso a banda de frenagem seja de alumínio, frenagens
prolongadas podem aquecer o alumínio, aumentar a pressão dos pneus pelo
aquecimento e explodir a câmera de ar.
Algumas
pessoas relatam em descidas longas dificuldade em pressionar a manete do freio
por falta de força nos dedos. Exercícios de flexão dos dedos com bolas de
borracha ajudam a diminuir este problema.
Tanto
nas SUBIDAS quanto nas DESCIDAS vale lembrar, que não há a melhor posição e sim
aquela em que você se sente melhor , mais confortável e com mais rendimento
físico.
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