Treinos de
montanha, dicas
Temos
visto cada vez mais atletas se dedicando aos treinos de montanha. A conquista
de uma montanha emblemática ou a melhora do tempo pessoal em um trajeto
habitual ou onde há uma grande concentração de ciclistas querendo estabelecer
um recorde de percurso torna-se a cada dia uma motivação a mais para esses
treinos.
Iremos
enumerar alguns itens que podem lhe ajudar nesses treinos:
- Segurança
- Posição das mãos no guidom
- Frenagem
- Posição do corpo no selim (ou fora)
- Troca de marchas
- Cadencia
- Qual o numero de dentes dos pratos do pedivela
a utilizar: compact, mid compact ou
normal
- Como calcular a inclinação de uma montanha
- Como as montanhas são categorizadas
· Segurança
- Subir na mão da via e não na contra mão e tão
pouco em zig zag;
- Os mais rápidos devem avisar, sem assustar, os
mais lentos ao ultrapassar, seja na subida ou na descida;
- Ciclistas pensam que por serem mais “frágeis” no
transito todos devem respeita-los e eles não respeitam o transito , os
pedestres e muitas vezes os carros e ônibus;
- Use capacete e luva sempre;
- Observar as condições do taco da sapatilha, pois
caso estejam gastos, podem desclipar subitamente levando a uma queda;
- Nas descidas vemos indivíduos alucinados sem
respeitar limites de velocidade e a segurança de todos.
Nas
descidas, onde o piso é muito esburacado ou irregular, fique atento para deixar
a corrente no prato grande da coroa da frente e numa marcha intermediaria no
cassete atrás. Isso faz com que a corrente permaneça esticada evitando que ela
caia do prato grande.
Um
outro aspecto importante esta na variação climática da montanha e possibilidade
de névoa densa. Caso o tempo nao esteja claro, fique atento a isso e a pouca
visibilidade.
· Posição das
mãos no guidom
O
guidom do ciclismo permite que o ciclista tenha três formas de segurar o
guidom:
A –
mãos sobre as manetes
B –
mãos segurando no meio do guidom
C –
mãos segurando o guidom na curva do mesmo
Nas
subidas observamos a maioria dos ciclistas segurando com as mãos sobre as
manetes (posição A). É uma posição que dá bastante firmeza na condução da
bicicleta seja com o ciclista em pé ou sentado, e tem tanto os freios quanto as
marchas a mão facilitando a dirigibilidade. Por ser uma posição menos
aerodinâmica (menor flexão do tronco) favorece a respiração em indivíduos menos
treinados.
A
posição chamada de B é igualmente confortável em relação a posição numero 1,
mas deve-se ficar alerta principalmente em subidas em grupo pois o freio não
está na sua mão
Já a
posição C é a menos favorável principalmente em ciclistas iniciantes mas nada
impede que se escale montanhas nessa posição.
Nas
descidas, a melhor posição será sempre a C , pois o ciclista terá a bicicleta
mais “na mão” e sempre com os freios com uma alavanca maior de frenagem,
tornando a mais fácil.
Dormência nas mãos ocorrem com certa regularidade, seja no plano, subida ou descida.
Dois diferentes tipos ocorrem:
1 - dormência é nos dedos mindinho e anelar
2 - mãos e dedos todos.
No primeiro caso a dormência esta diretamente a enervação localizada no pescoço
(região cervical) que ramifica para os membros superiores e dedos, através dos nervo
cubital e ulnar. A contração forte na região do pescoço, o cotovelo sem estar relaxada
sao em geral a causa ocorrência. Relaxar o pescoço com movimentos de rotação lateral e flexão do pescoço tendem a melhorar isso (mas não perca a visão frontal!!!), assim como deixar o cotovelo ligeiramente flexionado.
No segundo caso, principalmente ciclistas iniciantes “agarram” o guidom / manetes da
bicicleta comprimindo os nervos da mão. Segurar com firmeza mas sem ficar com os dedos fazendo “força” para a bicicleta não fugir e trocar a pega da mão diminuem este problema.
Usar uma luva justa e acolchoada (a tecnologia de ponta hoje usa luvas com gel) também é importante.
Dormência nas mãos ocorrem com certa regularidade, seja no plano, subida ou descida.
Dois diferentes tipos ocorrem:
1 - dormência é nos dedos mindinho e anelar
2 - mãos e dedos todos.
No primeiro caso a dormência esta diretamente a enervação localizada no pescoço
(região cervical) que ramifica para os membros superiores e dedos, através dos nervo
cubital e ulnar. A contração forte na região do pescoço, o cotovelo sem estar relaxada
sao em geral a causa ocorrência. Relaxar o pescoço com movimentos de rotação lateral e flexão do pescoço tendem a melhorar isso (mas não perca a visão frontal!!!), assim como deixar o cotovelo ligeiramente flexionado.
No segundo caso, principalmente ciclistas iniciantes “agarram” o guidom / manetes da
bicicleta comprimindo os nervos da mão. Segurar com firmeza mas sem ficar com os dedos fazendo “força” para a bicicleta não fugir e trocar a pega da mão diminuem este problema.
Usar uma luva justa e acolchoada (a tecnologia de ponta hoje usa luvas com gel) também é importante.
- Frenagem
Deve-se
apenas observar a regulagem da distancia das manetes em relação a curva do
guidom (alguns fabricantes possibilitam isso em seus produtos). Pessoas com
mãos pequenas devem estar atentos a isso.
Em
descidas longas mudar de posição é interessante , mas jamais deixar os freios
fora do alcance das mãos.
A
frenagem devera ser sempre gradativa e na medida do possível alternando a força
das mãos nas manetes , ora fazendo mais força com a dianteira , ora com a
traseira. Desta forma os freios não aquecem e a capacidade de frenagem
permanece constante.
Em
alguns momentos os atletas muitas vezes deixam a manete de freio ligeiramente freada
o que leva a um permanente contado da sapata do freio com o aro e assim mantem
– se o aro aquecido e provocando um desgaste das mesmas de forma desnecessária.
Em descidas
íngremes ou longas as bicicletas com rodas de carbono devem atentar para a
recomendação acima. Frenagens prolongadas podem deformar a banda de frenagem quando
a mesma for de carbono. Caso a banda de frenagem seja de alumínio, frenagens
prolongadas podem aquecer o alumínio, aumentar a pressão dos pneus pelo
aquecimento e explodir a câmera de ar.
Algumas
pessoas relatam em descidas longas dificuldade em pressionar a manete do freio
por falta de força nos dedos. Exercícios de flexão dos dedos com bolas de
borracha ajudam a diminuir este problema.
Tanto
nas SUBIDAS quanto nas DESCIDAS vale lembrar, que não há a melhor posição e sim
aquela em que você se sente melhor , mais confortável e com mais rendimento
físico.
· Posição do
corpo no selim
Durante
as subidas vemos os ciclistas muitas vezes em diversas posições
1 –
sentado como se estivesse pedalando no plano
2 –
em pé
3 –
sentado mais adiantado
4 –
sentado mais recuado
É
sempre importante ressaltar que sua posição na bicicleta (ajustada por um
especialista) é feita para via de regra para pedalar no plano. Desta forma, os
ângulos ideais da coxa em relação ao tronco , da perna em relação a coxa e
angulo do tornozelo, serão sempre os recomendados, e alterar isso pode trazer
consequências ligadas não só ao rendimento como possíveis lesões.
Ao
iniciar uma subida o ciclista deve-se manter sentado o maior tempo possível na
sua posição rotineira.
Quando
pedalar em pé?
Geralmente
o ciclista adota uma posição em pé por alguns motivos: alternar um pouco a
posição após longos períodos sentados na subida; elevação mais íngreme da
montanha onde o peso corporal e o ligeiro balanço lateral da bike coordenada
com o corpo fazem com que o peso do ciclista o ajude na pedalada; pedalar numa
marcha mais pesada aumentando a metragem de deslocamento (quantidade de metros
que a bicicleta é deslocada em um giro completo do pedal); iniciar um ataque
repentino pois o ganho de velocidade momentânea com a ajuda do corpo é maior.
Como
pedalar em pé?
Ritmo
é tudo e coordenação também. De nada adianta o ciclista ser forte e
descoordenado. Manter o ritmo é importante assim como saber usar o corpo em
movimento oposto ao movimento do quadro da bicicleta.
As
mãos apoiadas e não agarradas sobre as manetes, membros superiores ligeiramente
flexionados sem estarem contraídos, tronco ligeiramente flexionado a frente e
cabeça olhando para a frente.
Uma
boa forma de saber se você não esta muito para frente ou para trás é
eventualmente tocar a ponta do selim com sua entre coxas. Caso a subida seja
muito íngreme é natural uma projeção maior do corpo a frente.
Aprender
a sair da posição sentado para em pé também é importante , pois o ciclista
iniciante tende ao ficar em pé em desacelerar a bike, e ela dá um “coice” para
trás. Assim, ao ficar em pé, mantenha o ritmo da pedalada e apoie apenas a mão
na manete, não a puxando, o que também desacelera a bicicleta.
Ao
pedalar em pé a frequência cardíaca muitas vezes tende a aumentar. O corporal
do atleta passa a ser sustentado pelos membros inferiores e não pelo selim. O
movimento de coordenação de braços, pernas e tronco requer uma maior demanda de
O2.
Quando
pedalar mais adiantado?
Em
subidas mais “roladas” onde não ha uma grande inclinação e mantém – se uma
velocidade mais elevada e marchas mais pesadas, o ciclista pode adotar uma
posição mais adiantada. Ele fica numa posição mais agressiva e consegue
imprimir uma maior velocidade e força. Mas, deve-se ficar atento, pois ao ficar
mais adiantado no selim o ângulo da coxa sobre a perna diminui e a fadiga, caso
o ciclista não esteja habituado, pode ocorrer prematuramente.
Quando
pedalar mais recuado?
Em
subidas mais íngremes pode – se sentar mais atrás um pouco e a pedalada fica
num movimento de ”empurrar” o pedal a frente. Neste caso o angulo do joelho
sobre a coxa aumenta, podendo ocorrer o mesmo que citado acima em relação a
fadiga. Nota-se que nessa posição o ciclo da pedalada fica mais “quadrado”,
isto é, o emprego da força não é homogêneo durante o movimento.
Fique
atento nesta posição, pois a bicicleta passa ficar mais “comprida” para segurar
o guidom.
É importante
durante as subidas (ou mesmo em terrenos planos) que a posição do pé, quando o braço
do pedivela estiver na posição de 6hs fique paralelo ao plano do chão . Isso
facilitará o movimento e o emprego da força num maior comprimento da
circunferência.
· Troca de
marchas
É
comum vermos durante subidas indivíduos parados no meio da montanha tentando
consertar ou recolocar a corrente da bicicleta assim como ouvir o barulho de
catracas e correntes numa briga sem fim.
Para
que isso não ocorra é importante que a troca de marchas seja gradativa.
Numa
subida íngreme, trocar a marcha no pedivela, do pratão para o pratinho via de
regra faz a corrente cair (alguns ciclistas usam uma peça no cambio dianteiro
denominada chain catcher (na foto
abaixo, a peça onde esta escrito rotor) que direciona a corrente para o
pratinho e dificulta a queda dele fora do mesmo). Caso haja a necessidade desta
troca, você poderá faze-lo mas com cautela, aliviando um pouco a pressão no
pedal (pedalar naquele momento com menos vigor) onde esta sendo feita a força e passando a
marcha gradativamente.
No
caso do cambio traseiro, o ciclista quer em geral trocar varias marchas ao
mesmo tempo e muitas vezes o cambio
entra e quebra alguns raios, enrosca a corrente e em alguns podendo danificar o
quadro (quebra da gancheira – peça que prende o cambio traseiro ao quadro).
Outro
quesito importante é procurar não “cruzar” muito a corrente. Observamos isso
quando em algumas situações o ciclista usa o prato menor com o cassete pequeno
(foto com a bicicleta preta) ou o prato maior com o cassete grande (foto com a
bicicleta vermelha).
Ex: relação dos pratos do pedivela 50 e 34 dentes, relação do cassete, 11 a 28 dentes.
Cruzar a corrente significa usar o prato de 50 dentes com os cassetes 28, 26 ou 24 dentes,
ou usar o prato com34 dentes e relação do cassete de 11, 12 ou 13 dentes.
Cruzar a corrente significa usar o prato de 50 dentes com os cassetes 28, 26 ou 24 dentes,
ou usar o prato com34 dentes e relação do cassete de 11, 12 ou 13 dentes.
Nestes
casos, o tempo de vida do material será reduzido pois a corrente trabalha
enviesada (foto abaixo), as marchas não funcionam direito fazendo barulho de
corrente arrastando principalmente no cambio dianteiro e principalmente por que
perde - se RENDIMENTO pois que a resultante de força passa a ficar mais
inclinada.
Vemos
muitas vezes ciclistas querendo fazer mais força numa subida e em alguns casos
subindo no pratão com o cassete atrás maior.
Matematicamente,
dividindo – se o numero de dentes do pratão
cassete, obtemos a relação da transmissão (cada uma volta completa do
pedal, corresponde a numero de voltas do cassete).
A
relação de transmissão esta diretamente ligada a metragem de deslocamento.
Ex:
Relação de transmissão = 39 / 15 = 2,6 , deslocando 5,45 metros
Relação de transmissão = 53 / 20 = 2,65 , deslocando 5,56 metros
Relação de transmissão = 39 / 17 = 2,29 , deslocando 4,81 metros
Relação de transmissão = 53 / 24 = 2,21 , deslocando 4,63 metros
Nos
dois exemplos citados acima a relação de transmissão é bem parecida, mas
usando-se o prato com 39 dentes e os cassetes exemplificados teremos a corrente
trabalhando mais “reta”e consequentemente uma resultante de força melhor.
· Cadencia
Esse
item é um termo muito questionado numa subida. Qual a cadencia ideal para um
subida?
Numa
breve explicação e já citado anteriormente, toda relação de marchas é responsável
por uma metragem de deslocamento (em metros), ou seja , a cada ciclo de
pedaladas em marchas mais leves o ciclista se desloca menos, e em marchas mais
pesadas se desloca mais. (uma relação 34 x 28 desloca a bicicleta 2,55m por
pedalada, enquanto uma relação de 53 x 11 desloca 10,10m).
Pensando
nesta metragem exemplificada acima , pedalar muito “leve” se não for necessário
em função da falta de força e grau de inclinação de uma montanha, é perder
metragem de deslocamento.
Muito
se fala que as cadencias ideais para subir serão entre 60 e 70 rpms , mas para
saber ao certo a cadencia de subida, deve-se avaliar a inclinação da montanha a
frente . Em montanhas até 4 a 5% de inclinação, uma cadencia nessa faixa não é tão
complicada de se realizar , mas montanhas acima de 9% de inclinação , manter um
cadencia de 70 rpms só será possível para indivíduos muito treinados ou com uma
relação de marcha muito leve.
Nesse
segundo caso vale avaliar a metragem de deslocamento. 34 x 28 = 2,55m ; 34 x 26
= 2,74m; assim em cada pedalada ganha-se 19cm. Caso o ciclista consiga manter o
mesmo numero de pedaladas nessas relações, a mais pesada é mais vantajosa, pois
desloca mais.
Ex:
60 rpm x 2,55m (34 x 28) = 153 metros / minuto ; 60 rpm x 2,74m (34x26) = 164,4
metros / minuto
Porém
se sua pedalada numa marcha mais pesada fica muito menor que na mais leve,
muitas vezes vale usar a marcha mais leve com cadencias mais altas.
Ex:
60 rpm x 2,55 (34x28) = 153 metros / minuto ; 50 rpm x 2,74 (34x26) = 137m.
Nesse
caso a relação mais leve com uma cadencia maior será mais vantajosa.
Devemos
observar qual a característica do ciclista quando pedala no plano. Caso ele
tenha cadencias mais altas a tendência na subida será de um giro maior e vice
versa.
Assim
as cadencias de subidas estão ligadas diretamente a característica individual,
mas conseguindo-se adaptar cadencias iguais em marchas ditas mais pesadas
(menos dentes nos pinhões), sua razão de deslocamento será maior.
Face
ao exposto concluímos que a habilidade ou capacidade de subir melhor guarda uma
intima relação com a capacidade de ter um giro mais alto na bicicleta, tornando
os treinos no plano conjugados / alternados com treinos de montanha
extremamente importantes para que o ciclista consiga manter uma cadencia alta mesmo
nas subidas mais íngremes.
Vemos,
principalmente no Rio de Janeiro, ciclistas fazendo treinos de montanha todos
os dias e poucos evoluindo. Após adquirir força (principio da adaptação) suficiente
para as subidas, a melhora estará ligada a um aumento do giro e não mais da
força. Com isso, treine no plano e treine giro. Sua subida será melhor.
· Qual o
numero de dentes dos pratos do pedivela a
utilizar, compact, mid ou normal
Nas
coroas do pedivela estão escritos o numero de dentes do mesmo. No compact (pratos
com 50 x 34 dentes), mid compact (pratos com 52 x 36 dentes) ou pedivela normal
(pratos com 53 x 39 dentes)
Esse
é mais um grande questionamento de quem faz treinos em subidas.
A
resposta esta ligada diretamente a sua capacidade de “empurrar” a bicicleta com
mais ou menos força
Se
você tem um pedivela com coroas de tamanho compact (50x34) e uma relação onde o
cassete maior tem 28 dentes e você acha que faltam marchas sempre e sobe no
sufoco, não adianta tentar usar os demais. Mas, se você pedala muito solto e
raramente usa as catracas mais leves, já está na hora de repensar o numero de
dentes do prato menor que está usando.
Esse
tipo de interpretação pode ser usada em cada circunferência de coroas de
pedivela e lembrando sempre da relação da metragem e sua capacidade de rodar
com cadencias maiores e relações gradativamente mais pesadas.
Deve-se
apenas avaliar nesses casos, se irá fazer uma prova ou trajeto longo com grande
variação de altimetria. Nesses casos os pratos do pedivela compact (50x34) ou o
mid compact (52x36) podem oferecer uma segurança maior em caso de se faltar
marchas, seja pela distancia , seja pelo cansaço ou pela inclinação.
A
cadencia quando bem treinada possibilita
aos sistemas neuro musculo esquelético um maior acionamento de unidades
motoras, ponto de conexão entre os axônios (nervos que levam o estimulo
elétrico da contração muscular ao musculo) e
as fibras musculares tornando o movimento mas fácil pois ha um emprego
de mais fibras musculares (a coordenação e o “aprendizado” do movimento certo
torna isso mais nítidos).
Indivíduos
treinados clara eficiência melhor em cadencias mais altas que destreinados.
Outro
aspecto ligado a cadencia, é a potencia na subida. Em física, potencia é a
resultante de Força x velocidade. Para a
variação da potencia, umas destas variáveis devera ser alterada, mas estudos
comprovam que em cadencias mais altas é mais fácil manter a potencia alta que em cadencias mais
baixas pois a força absoluta empregada no pedal é menor.
Mas,
não se iluda quanto a manter também a cadencia muito alta , pois em geral em
montanhas, isto ira incorrer com o cassete maior atrás e uma metragem de
deslocamento menor.
Devemos
observar que cadencias muitos altas, em algumas situações também requerem um
consumo de oxigênio maior e em consequência uma fadiga prematura.
É
importante que o ciclista tenha uma observação clara das inúmeras possiblidades
de usar suas várias relações de marchas e seu auto conhecimento e treinamento
irão lhe ajudar a optar entre pedalar um pouco mais pesado ou leve para um
mesmo rendimento físico e gradualmente ter a capacidade neste modificar uma
dessas variáveis melhorando seu desempenho.
Segundo, Dr Chris
R Abbiss, PhD, 4Dr Jeremiah J Peiffer, PhD, 1Associate
Professor Paul B Laursen, PhD (2009) as cadencias ótimas que envolvem o
ciclismo não são claras pois vários fatores interferem isso.
Neste link, http://www.cyclingpowerlab.com/powercadencecalculator.aspx
, tem -se uma ideia boa das relações de cadencia, potencia, relação de marchas
, inclinação da subida e velocidade.
·
Como
calcular a inclinação de uma montanha
No inicio
da temporada de ciclismo e consequente etapas de montanha, começam a
surgir comentários sobre como se calcular a inclinação de uma
montanha e como se categorizam as montanhas
O cálculo
é simples , ja que parte de uma relação trigometrica (desenho abaixo) chamada
de seno. O Seno de um angulo é o divisão entre o cateto oposto e a
hipotenusa ( cateto oposto ao angulo reto) . Levando isso para o ciclismo e a
prática, nada mais é que a divisão entre a altimetria da montanha pelo comprimento
da mesma.
No Le
etape do Tour deste ano, a última montanha tem 10.700m de comprimento em
910m de desnível, , sendo assim 910/ 10700 = 0,85 .Como a inclinação é
expressa em percentagem , multipica-se por 100, resultando em 8,5% de
media
Outra
forma de se calcular é considerando a distancia da montanha como 100% do valor
percorrido . O desnivel da montanha terá um percentual da distancia total,
assim , aplica-se uma regra de tres imples.
distancia
10700m ---> 100/%
desnivel
910m ---------> x
x = 910 x
100 / 10700 = 8,5%
·
Como as montanhas são categorizadas
Subidas
são categorizadas de acordo com algumas regras internacionais.
•
Categoria 4: E a mais fácil,
geralmente tem menos de 2km de extensão e por volta de 5% de inclinação. Ou com
até 5km, com inclinação de 2 a 3 %;
•
Categoria 3: Pode ter menos de
2km, mas com uma inclinação forte, aproximadamente 10%, ou com até 6km, com
inclinação menor que 5%;
•
Categoria 2: Pode ter 5 km, com
inclinação média de 8%, ou com até 15km, com 4% de inclinação;
•
Categoria 1: É a categoria mais
difícil, pode ter de 8km, com média de 8%, ou até 20km, com inclinação média de
5%;
•
Hors Catégorie (sem categoria):
São montanhas extremamente longas e inclinadas, por exemplo, subidas com 10km e
média de 7,5%, ou 25km com média de 6%.
Col do Tourmalet Hors Catégorie
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