Quando submetemos nosso corpo à um Programa de Treinamento ele sofre uma série de adaptações. Nosso Sistema Cardiovascular (popularmente conhecido “gás”, “pulmão”, “fôlego”, etc) se adapta aos estímulos até com certa facilidade. O mesmo acontece com o Sistema Muscular.
No entanto, com as articulações isso requer um pouco mais de tempo.
Quando corremos, por muitas vezes nos sentimos à vontade pra aumentar um pouco mais a intensidade da corrida. Temos a sensação de que estamos com “fôlego” e “perna” pra isso, mas não podemos/devemos esquecer PARA QUE estamos treinando. Qual é a prova que vou fazer? Qual o “pace” que vou correr NA PROVA? Em que momento da prova haverá uma subida? Tenho força de panturrilha pra subir correndo ou subir caminhando com passadas mais largas é mais interessante?
Essas e outras questões são pensadas por nós, treinadores e também deveriam estar incutidas no atleta, principalmente no processo de treinamento.
Quando corremos, por exemplo, a 04:30min por km, uma passada tem algo em torno de 1,05m. Se esse mesmo atleta, no dia da prova, corre à 6min por km, essa passada diminui pra algo em torno de 85cm. É uma diminuição de 20% POR PASSADA !!!!
Altera-se a angulação do quadril, altera-se o ponto de impacto nas articulações do tornozelo, altera-se o ponto de impacto no joelho, desalinha o quadril, altera-se os pontos de pressão na coluna. Enfim.... Altera todo seu Sistema Locomotor!!!!
Portanto, por mais que vc atleta esteja se sentindo super à vontade pra correr além do que lhe foi Prescrito, lembre-se aquele treino não lhe foi orientado de forma aleatória. Ele tem um “PORQUE” e lá na frente (na segunda-feira após a prova) poderemos comemorar juntos a SUA conquista e SEM LESÃO articular.
Boa Corrida !!!!!!!