sábado, 25 de fevereiro de 2012

TREINO DE DOMINGO DIA 26 - 2

NATACAO NA BARRA EM FRENTE A AV ERICO VERISSIMO

FAVOR LEVAR TENIS

HORARIO: 7:30

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012


TREINO DE MOUNTAIN BIKE

Posto Brazão de Itaipava Br 040
Treino de Mountain bike no Caminho do Imperador

60 KM

Oito horas no Posto Brazão

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Assista o vídeo da passagens dos tuneis da prova de ciclismo que abre a temporada carioca

MUITO CUIDADO!!!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012


LARANJAS OFF ROAD

Começamos a temporada com um calendário repleto de provas, um prato cheio para a galera que curte Outdoor.
Para quem gosta das provas de Mountain Bike no estilo maratona, temos o clássico BIG BIKER.

Circuito composto de quatro provas, uma no Sul de Minas e três em São Paulo, bem frequentadas, com uma estrutura exelente em lugares muito bonitos. Além de um bom motivo para manter o foco no treinamento, essas provas também são um bom treino para quem pretende correr as etapas do XTERRA.



Big Biker - Etapas 2012

18/03 - Itanhandu - MG

27/05 - Taubaté - SP

15/07 - S.L. Paraitinga - SP

02/09 - Sto Ant. Pinhal - SP

Mais informações no site www.bigbiker.com.br



domingo, 12 de fevereiro de 2012

AQUARIO NO FORTE DA URCA

Nosso atleta Marco Capitão, aniversariante na semana passada junto com o Adalberto Spier, nos proporcionou neste domingo um SUPER AQUARIO no Forte Sao Joao, Unidade do Execito Brasileiro que teve seus muros contruídos em 1565.

Um lugar ímpar na paisagem do carioca , e apesar do dia nublado e chuvoso, nossos atletas puderam desfrutar de um ótimo treino.

Após o mesmo, tivemos um excelente café da manha em um lugar em frente a entrada da baía de guanabara e vimos um vídeo exibido por nosso atleta Cap Romão, a respeito dos Jogos Mundiais Militares e a participação das Forças Armadas Brasileiras

a todos os presentes , nosso muito obrigado .

CLIQUE NA FOTO E VEJA AS FOTOS



aquario f sao joao 12 2 2012

sábado, 11 de fevereiro de 2012

QUANTO TEMPO DURA UM CALÇADO ESPORTIVO

Calcule o tempo de vida dos seus sapatos desportivos
Quanto dura um par de sapatos para correr?
Quais os sinais de desgaste do calçado (d)esportivo?
O que fazer para aumentar a sua durabilidade?
Para responder a estas perguntas, devemos acima de tudo ter em conta que existirem muitas condicionantes que influenciam o tempo de vida útil de um par de sapatos tais como; o piso em que se pratica atividade (d)esportiva, o ciclo mecânico e o peso do corredor, além do tipo de materiais que constituem os sapatos, (só para nomear alguns), mas podemos colocar uma barreira de durabilidade num par de sapatos:
Considera-se que um par de sapatos (d)esportivos possui um tempo de vida útil de entre 500 a 800 quilómetros (150 a duzentas horas de utilização efetiva), estes valores são obviamente médias, considera-se que a partir destas distâncias as espumas da sola intermédia já perderam cerca de 30% da sua capacidade de amortecimentos original, existem corredores que consideram distâncias maiores como 1000 quilómetros ou mesmo 1200, no entanto são distâncias demasiado longas, as espumas já perderam demasiadas qualidades com essas distâncias.
Um estudo americano chegou à conclusão que com a distância de 400 milhas = 643.7376 Quilómetros, a pressão plantar aumenta em cerca de 64% (o que coincide com os cerca de 30% de perda de eficácia).




Embora não seja muito frequente, alguns dos atletas que eu atendi nestes anos de venda de calçado (d)esportivo, possuem um diário onde registam todos os treinos que efetuam com cada par de sapatos normalmente em quilómetros, embora também exista quem o faça em horas.

Um ponto muito importante que é importante frisar:
Um par de sapatos com este tempo não apresenta desgaste aparente nem na sola nem na estrutura superior, mas a sola intermédia já perdeu qualidades por compactação da espuma.


A durabilidade normalmente mede-se em tempo real de utilização, no entanto um par de sapatos também poderá perder as suas qualidades apenas com o armazenamento, basta ser armazenado em condições muito quentes ou frias (as espumas da sola intermédia tornam-se quebradiças ou moles com as variações de temperatura), normalmente não existem este tipo de condições no percurso normal entre a fábrica e o consumidor final.

É também verdade que as espumas modernas são menos afetadas por condições estranhas (por exemplo um holofote de uma loja), do que as espumas de alguns anos atrás, há não tanto tempo atrás, alguns tipos de espuma ficavam amarelecidos e quebradiços depois de algumas semanas ou meses em exposição na loja (sem utilização alguma).


O corpo humano tem uma grande capacidade de adaptação, se utilizarmos todos os dias o mesmo par de sapatos o corpo vai-se adaptando e não sente a perda gradual das suas qualidades (e assim realmente podemo-nos lesionar por repetição ou esforço), a melhor forma que temos para podermos evitar a habituação é a utilização de vários pares, rodando-os pelos treinos, desta forma comparamos realmente as qualidades dos sapatos, ao mesmo tempo que estamos a evitar lesões porque, de uma forma por vezes inconsciente estamos a compensar fraquezas de cada sapato, com outros modelos.

A rotação também permite uma certa recuperação das espumas entre os treinos.

Outro hábito que devemos criar é a substituição das palmilhas, tal como as solas dos sapatos, as palmilhas são feitas de uma espuma (EVA, Etil Vinil, Acetato), acontece que a espuma das palmilhas que vem com os sapatos é muito expandida, para ser muito fofa na loja, (levando por vezes o corredor à decisão da compra), pelo que é o primeiro componente a perder a capacidade de amortecimento de impactos por compactação, devendo por isso ser trocada pelo menos duas vezes ao longo da vida útil de um sapato, isto se for trocada por uma de características semelhantes à que vem de origem (isto é feita em EVA), porque existem outros matérias que duram tanto ou mais do que a vida útil de um par de sapatos.

O coração dos sapatos e o seu elo mais fraco (a sola intermédia):



A sola intermédia dos sapatos desportivos é feita em E.V.A. (Etil Vinil Acetato), um polímero material aborrachado que, devido à sua composição de célula aberta (expandido com ar), possui propriedades elásticas, sendo por isso utilizado quase universalmente nos sapatos desportivos de modo a amortecer os impactos provocados pela prática desportiva.
Acontece que o processo de fabrico das solas intermédias em E.V.A. é complicado e acima de tudo pouco preciso, basta uma alteração pequena para que o produto final adquira características ligeiramente diferentes (é um pouco como fazer panquecas; o tempo de repouso da massa, a temperatura do lume ou mesmo o tempo que a massa é batida, provocam pequenas diferenças no sabor, na consistência e na textura das panquecas) diferenças de até cinco Shore (medida de dureza dos materiais) é aceitável industrialmente.
Deste modo, é perfeitamente normal que existam dois sapatos da mesma marca e modelo mas que, na realidade, ofereçam capacidades de resposta diferentes, porque foram fabricados com solas intermédias provenientes de lotes diferentes.
Como pode acontecer que sapatos que aparentemente possuam solas intermédias iguais, um deles, ao fim de poucos dias de utilização, já tenha perdido todas as qualidades de amortecimento de impactos, apresentando-se comprimido (especialmente quando se trata de calçado menos elaborado como o de marca branca ou marca própria das lojas de distribuição).
A sola intermédia é a peça essencial de qualquer sapato desportivo moderno, no entanto, é também o elo mais fraco.
Devido ao facto de ser expandida com ar durante o seu fabrico, a sola intermédia vai-se comprimindo sob o efeito dos impactos repetidos provocados pela prática desportiva e, quanto mais se comprime menos eficácia de amortecimento de impactos possui.

Fatores que determinam a eficácia da sola intermédia

Os fatores que determinam a rapidez com que a sola intermédia perde a eficácia são:

1. O piso em que se pratica o desporto: como se sabe correr em asfalto, ou pisos sintéticos provoca forças de impacto superiores as provocadas pela terra ou relva, acabando por comprimir a sola intermédia mais rapidamente.

2. A densidade da sola intermédia: a densidade (relação ar/matéria numa zona determinada) da sola intermédia também determina a sua longevidade. Assim, quanto menos densa for a sola intermédia (o que significa que possui um grau de expansão elevado), maior será a facilidade com que esta "abate". Por outro lado, quanto maior for o grau de densidade, maior será a sua firmeza, e consequentemente maior será o seu tempo de vida útil.

3. O peso do praticante: parece razoável, se a prática de desporto (por exemplo corrida) provoca impactos na ordem de 2 a 10 vezes o peso do desportista, então quanto mais pesado for o praticante, maiores serão as forças a que a sola intermédia do calçado está sujeita e menor será o tempo que tarda a perder a eficácia por compactação.

4. O ciclo biomecânico do praticante, um praticante pronador provoca maior solicitação de forças na sola intermédia dos seus sapatos devido ao seu ciclo com excesso de movimentos de rotação, provocando uma perda de eficácia da sola intermédia mais rápida. O mesmo se passa com um supinador, devido ao facto de, no seu ciclo os impactos não serem dispersos corretamente pelo pé, para depois serem amortecidos. O ciclo neutro não provoca forças extraordinárias nas solas intermédias, pelo que terão um tempo de vida mais longo.
Esta perda de qualidades de um par de sapatos é gradual, e não uma barreira, um par de sapatos não chega ao limite de um dia para o outro, uma lesão típica causada pela perda de qualidades de um par de sapatos é uma lesão de esforço ou repetição, pelo que podemo-nos lesionar, mas não normalmente não acontece de um dia para o outro, acontece gradualmente.


As unidades de amortecimento:

As unidades de amortecimento (exemplo: Nike Air, Asics Gel, Mizuno Wave,Reebok DMX,Etc)são tecnologias colocadas pelos fabricantes nas solas intermédias dos sapatos com três objetivos:



1. Reduzir o peso; salvo em alguns casos, as unidades de amortecimento pesam menos que a espuma da sola intermédia que substituem.

2. Aumentar a capacidade de amortecimento de impactos da sola intermédia em zonas específicas; as unidades de amortecimento possuem capacidades de amortecimento superiores ás da espuma da sola intermédia.

3. Aumentar o tempo de vida útil da sola intermédia. Quanto maior for a unidade de amortecimento, maior será o tempo de vida útil da sola intermédia (porque possui menos quantidade de esponja que é menos durável). Esta é uma das razões pela qual cada vez as unidades de amortecimento dos sapatos são maiores.


O que fazer?

O que devemos fazer para nos defendermos avaliar a qualidade da sola intermédia. Apesar de ser difícil de avaliar a olho nu, existe uma série de testes que podem ser efetuados por qualquer um no acto da compra dos sapatos, podendo por isso ajudar a determinar a consistência da sola intermédia:
1. Agarre no sapato e tente detetar a existência de falhas ou bolhas na sola intermédia, a sua presença indica que se trata de sola intermédia de fraca qualidade.
2. Com a unha, faça uma marca (por compressão) com força na sola intermédia, quanto menos tempo a marca levar a desaparecer, maior será a elasticidade e, consequentemente, a qualidade da sola intermédia.
3. Por ultimo, raspe com a unha a sola intermédia (Num sitio não visível). Quanto menos marca conseguir fazer, maior será a firmeza da mesma.

Como evitar a compressão prematura da sola ?


1. Substituir as palmilhas. As palmilhas também perdem a sua eficácia de amortecimento de impactos. Por isso, devemos substitui-las de 1/4 em 1/4 ou de 1/2 em 1/2 do tempo de vida útil dos sapatos (que varia com muitos fatores mas situa-se entre os 500 a 700 quilómetros ou 150 a 200 horas de prática). Ao fazermos estamos a "revigorar" parte da capacidade de amortecimento de impactos (mas atenção não se conseguem recuperar sapatos velhos com palmilhas novas).

2. Rodar os sapatos: se comprarmos sapatos com um mes de diferença entre eles e os usarmos de forma alternada, conseguimos que os dois pares durem mais do que se fossem utilizados de forma continua, não só porque assim o sapato comprime a sola intermédia com menos rapidez (uma vez que o período de repouso permite uma melhor recuperação das espumas da sola intermédia e palmilha), mas também porque o corpo não se habitua à falta de capacidade de amortecimento de impactos (porque possui outro par para comparação).

3. Evitar pisos muito duros: sempre que possível, devemos evitar pisos muito duros, pois quanto mais duros, maiores as forças sofridas pelas espumas das solas intermédias e palmilhas.

4. Usar calçado adequado para o nosso peso e ciclo mecânico: os sapatos para pessoas pesadas possuem solas intermédias mais firmes, assim como os sapatos para pronadores possuem E.V.A. de dupla densidade ou dispositivos antipronação resistindo melhor à solicitação de forças do pronador, um sapato adequado para cada tipo de necessidade além de ajudar a evitar lesões também pode ajudar a prolongar o seu tempo de vida útil. As solas intermédias dos sapatos desportivos são “afinadas” de acordo com o peso do utilizador a que se destinam, da mesma forma que os amortecedores de um camião TIR não são iguais aos de um carro familiar.



5. Compre sapatos com unidades de amortecimento: parece razoável, se as unidades de amortecimento prolongam a vida da sola intermédia, devemos procurar sapatos com unidades de amortecimento de impactos (independentemente da marca ou tecnologia pois todas elas funcionam ao contrário do que nos querem fazer crer).

6. Utilize ortóteses plantares (palmilhas ortopédicas). Se os problemas biomecânicos são uma das principais causas do desgaste prematuro das solas intermédias, no caso de termos alguma necessidade de apoio, utilizemos ortóteses plantares (palmilhas ortopédicas feitas à nossa medida), que não são nada mais do que dispositivos de apoio para corrigir a posição e os movimentos dos pés.

Quanto dura um par de sapatos de competição (Sc):

Não existem dados concretos, no entanto podemos aplicar uma regra de três simples:

Sapato de treino (St) dura (D) em média 650 km ( este número foi escolhido por se tratar de uma média)
Durabilidade do sapato de competição será proporcional ao seu peso
Se St pesa 350 G e dura 650 km
Então Sc pesa (digamos) 205 G e dura χ
305x χ = 133250
χ = 133250 ÷ 305
χ = 436,882 km

Tal como disse trata-se de uma média, cada caso é um caso

Durabilidade de um par de sapatos de acordo com a sua constituição Física:

Durabilidade do calçado de acordo com a constituição física:
Trata-se apenas de uma indicação, no entanto poderá ser útil:
Pessoas leves:
<65 kg Os sapatos deste tipo de praticantes durará em média um pouco mais do que a média (até mais 100 km), podendo utilizar calçado mais leve e flexível. Pessoas com peso médio: 65 A 85 kg Os sapatos deste tipo de praticantes, durará dentro das médias anunciadas, devendo utilizar calçado de treino mais estável e evitar o calçado de competição, dando preferência aos sapatos de performance (por vezes designados como treino-competição) Pessoas de constituição forte: >85 kg
Os sapatos deste tipo de praticante deverá durar menos da média (até menos 100 Km), devendo procurar calçado mais firme e estável, para competição devem utilizar os mesmos sapatos, ou em alternativa sapatos de performance, os sapatos de competição são “proibidos” para este tipo de corredores.
Com que frequência devo trocar de calçado sem fazer demasiadas contas?
Pratica Desporto
Substitua
2 Vezes por semana 1 Vez por Ano
3 Vezes Por Semana Cada 8 Meses
4-5 Vezes por Semana Cada 6 Meses
6-7 Vezes por Semana Cada 4 Meses
Calcule o tempo de vida dos seus sapatos desportivos
Tabela pensada para pessoas com peso médio se for pesado retire dois meses da média se for leve aumente dois meses.
Adaptado de 2 textos; texto originalmente escrito para a revista atletismo e texto originalmente colocado no fórum de discussão "Pista 8"

Fonte: http://www.calcadodesportivo.com/solaintermedia.htm

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

EL CRUCE COLUMBIA 2012

Por anos, eu secretamente nutri um desejo de participar de uma dessas loucas aventuras de corridas extremas que se assistem na TV. Entretanto, imediatamente me deparava com o pensamento “quem no seu perfeito juízo faria isso?”. Então, no início de 2011, conversando com meu amigo Filipe Meireles, surgiu a chance de participar do El Cruce de Los Andes Columbia 2012, uma corrida de 3-dias consecutivos com mais de 100K de terreno de montanha da Patagônia entre Chile e Argentina. A edição deste ano incluia uma subida de 2.133 metros no vulcão Mocho-Choshuenco e uma corrida em torno do seu pico. Pronto, estávamos inscritos, Filipe, Fabrízio, Caúla, Roger e Ashbel. ¡Rumbo al Volcán! 

Consultamos nosso treinador Walter Tuche que aceitou o desafio de nos treinar. Após uma breve reunião com o grupo, WT nos trouxe a realidade apresentando as reais dificuldades que enfrentaríamos. Enquanto os meses passavam, eu gradualmente percebi o quanto tempo, esforço e dinheiro eu teria que dedicar a esta prova. As planilhas elaboradas pelo WT ficavam mais difíceis a cada semana. Exercícios específicos eram propostos pela assessoria: trabalhos de esforço e propriocepção designados pela Marcia Martinez, travessias em montanha orientadas por Eduardo Gomez, duros exercícios pliométricos ditados por Rodrigo Florencio, longas corridas acompanhadas pelo Gabriel Pagani e bastante alongamento auxiliado por Bruno Germano, Raphael Torres e Joana Salvaget. Obviamente, a melhora do condicionamento físico em todos do grupo era perceptível e, quase sempre acompanhada por algum tipo de lesão, como torsão de tornozelo, fascite plantar, dores no joelho e muitas bolhas nos pés. Por este motivo, faltando um mês para a prova, meu parceiro, Cristiano Amorim apresentou uma lesão na coluna durante os treinos preparatórios, e foi proibido pelo médico de correr. Imediatamente, pensamos no nome de Eduardo Gomez para completar a dupla, uma vez que este desafio tinha a cara dele e ele havia participado de boa parte do treinamento. Tivemos que insistir um pouco, mas o Dudu acabou aceitando o desafio, mesmo com o curto espaço de tempo que antecedia o Cruce.

Partimos para Argentina, e já de início enfrentamos uma maratona de vôos cancelados e/ou atrasados, táxis, ônibus até chegar a pequena cidade de San Martin de Los Andes que sediava a prova. Conhecendo novos amigos, reencontrando os velhos, pegamos os kits e tentamos relaxar um pouco na cidade no dia que antecedia a partida para o acampamento. Dormimos bem cedo e já estávamos de pé as 3 da manhã. De ônibus e vans, ainda no escuro, chegamos a fronteira Argentina/Chile, onde a aduana chilena reteve todos (ou quase todos) os tipo de sementes (amendoim e castanhas) e frutas secas que os participantes transportavam. Já no lado chileno, no Passo de Fronteira Hua Hum, tomamos um breve dejejum e nos aquecemos um pouco ao redor do fogo. Então, entramos na barca Mariela, atravessando o Lago Pirihueico com destino a Puerto Fuy (um pequeno povoado localizado entre montanhas, em meio à Selva Valdiviana Chilena) a 65 km de Panguipulli, primeira localidade importante do lado chileno.

Naquele primeiro dia de campo, uma atmosfera festiva tomava conta do local: música animada e alta, muitas fotos e poses, reuniões barulhentas, apresentações alegres, churrasqueira com abundancia de carnes e linguiças, diversos idiomas se misturando no ar, as pessoas iam se acomodando nas barracas, se conhecendo, curtindo na areia pedregosa, comendo, bebendo, acenando para os helicópteros que passavam em rasantes. Ao fundo, quando o céu se limpou, era possível observar sobre a paisagem montanhosa e distante, ao nosso redor, o topo achatado e coberto de gelo do vulcão Mocho-Choshuenco, um lembrete silencioso do desafio que enfrentaríamos na manhã seguinte. Todo mundo foi para a cama cedo. Na manhã seguinte, os concorrentes começaram a surgir a partir de orvalho que cobria as tendas antes do sol nascer. Já em torno de 8 horas, o sol tinha irrompido forte e quente em um céu claro, fomos todos caminhando pela estrada de terra com cerca de 2km, que levou ao início do prova.

Etapa 1: rumo ao Vulcão Mocho-Choshuenco (Sexta, 03/02)
A prova tinha início em uma ponte recém-construída logo acima de um belo rio de águas claras e limpas. Nesta etapa, segundo a organização, os corredores percorreriam a distância de 38,6km, sendo que este dia será o de maior desnível, onde corredores deveriam subir um trecho extenso, rumo ao Vulcão Mocho Choshuenco. Nós começamos a correr assim que encontramos terra firme, uma paisagem de floresta, com frio na sombra e muito calor no sol. A pista estava cheia de corredores e principalmente de subidas. Filipe e Fabrízio já nos ultrapassaram e só nos reencontramos após a prova, já no acampamento. A princípio, achei difícil definir um ritmo, mas combinamos correr em descidas e planos e caminhar rápido nas subidas, e aos poucos fomos encontrando nosso pace.
Com cerca de 16km a paisagem começou a mudar: menos vegetação, mais pedras e sol aberto. Um vento frio e constante também era percebido. Ao nosso redor, já observávamos mais três imponentes vulcões além do Choshuenco. Pouco tempo depois, estávamos em um cenário lunar, sem vegetação nenhuma, apenas pedras de diferentes tamanhos. Os helicópteros da prova nos acompanhavam do céu. Logo, visualizamos a neve e pequenos pontos pretos que, como formigas, subiam aquele algodão branco que cobria o vulcão. Pouco tempo depois, estávamos em uma escalada acentuada ao pico do vulcão, numa marcha lenta e escorregadia com o vento gritando e cortando qualquer parte do corpo que estivesse descoberta. Neste momento, os bastões de caminhada foram essenciais para manter certa firmeza durante a caminhada. Dudu estava em êxtase, feliz feito uma criança diante daquela paisagem de neve e, subia feito um cabrito aquela íngreme montanha. Alguns corredores já desciam em disparada e animavam os que ainda subiam. Finalmente, o topo, agora era contornar a cratera do vulcão e descer. Mas não seria tão fácil assim, o contorno parecia interminável, o vento gelado uivava chicoteando meu rosto. Minhas pernas simplesmente não me obedeciam, e o meu lento progresso era desestimulante. Em cada curva eu ​​esperava para ver o final do circuito e a tão esperada descida. Finalmente, na próxima curva, pura alegria, o trecho inclinado para baixo havia chegado. Voltamos a correr, tentando encorajar aqueles que ainda subiam. Mas a descida do vulcão ainda mostrou um lado traiçoeiro e escorregadio. Nossos pés afundavam na neve, encharcando nossos tênis. Era como esquiar sem esquis, e víamos pessoas caindo por todos os lados. Frear parecia impossível. Quando o trecho de neve terminava, um súbito abismo rochoso aparecia. Um componente da organização gritava desesperado tentando segurar os kamikazes que desciam em disparada. O cenário mudava de forma radical novamente, o morro feito de pedras soltas e instáveis nos obrigava a escolher com cautela o nosso caminho para baixo. Neste momento, nos reencontramos com nossos companheiros Roger e Ashbel, que mesmo largando quase uma hora depois, haviam nos alcançado. Aos poucos, a estrada de cascalho se transformou em trilhas largas e cheias de troncos enormes caídos através da floresta desmatada. Agora nós 4 correndo ladeira abaixo, íamos ultrapassando diversos corredores. Eu e Dudu descíamos a um pace de 4,1 lado a lado deixando muita gente pra trás. Nesse momento, uma empolgação nos contagiava. Eu estava realmente feliz e surpreso de como nós conseguíamos correr tão rápido depois de tudo que já havíamos passado. Durou pouco, de repente o Dudu tropeçou e se esborrachou no chão cheio de pedras. Parei imediatamente e quando tentei levantá-lo, ele me disse que estava com câimbra nas duas pernas. Alguns arranhões e continuamos correndo num ritmo bem mais lento sob a ameaça de novas câimbras. Encontramos um ponto de reabastecimento que nos ofereceu água ou Gatorade e nos informou que ainda estávamos a 5km da chegada o que não conferia com o Garmim do Dudu. Então percebemos que as medidas métricas argentinas, por mais incrível que pareça, são absolutamente diferentes do resto do mundo e os 38,6 haviam se transformado em mais de 40km. Chegamos exaustos. Pegamos ônibus de volta para o acampamento e descanso para o próximo dia.

Etapa 2: Margens do Lago Pirehueico (Sábado, 04/02)
A segunda etapa teve largada a cerca de 2km do mesmo acampamento, localizado às margens do Río Fuy. Teoricamente, este dia seria o mais duro, pois a distância total a ser percorrida era de 40,3km. Basicamente localizado na floresta da reserva chilena de Huilo-huilo, este trecho apesar de mais longo e ter maior subida acumulada, não possuía o percurso de neve que tanto dificultou a nossa vida.  A surpresa deste dia ocorreu no quilometro 40, assim que alcançamos às margens do Lago Pirehueico, um espelho de água de origem glacial. Quando acreditávamos que estivéssemos chegado ao final da prova, observamos os corredores a nossa frente andando em fila indiana, pela margem pedregosa com uma vegetação abundante, além de diversos troncos caídos, nos oferecendo uma sequência inesperada de difíceis obstáculos em intermináveis quilômetros extras. Comecei a pular e “passar por fora” acompanhado de perto pelo Dudu, e ultrapassando diversos competidores. Após ser bravamente xingado por uma argentina que se ofendeu com a minha postura em um trecho realmente perigoso, passamos por uma bandeira vermelha com um círculo branco no interior. Perguntei para o organizador que ali se encontrava se a prova havia terminado, e recebi um aceno positivo com a cabeça. Começamos a tirar fotos e caminhar em um trecho de “praia de pedra”, quando o Dudu me perguntou por que eu estava “pangando”. Respondi que a prova havia terminado e imediatamente levei um "esporro", caindo na real e ao mesmo tempo visualizando o ainda distante e grande arco azul inflável que marcava o final da prova. Voltei a correr então já com a musculatura da perna fadigada. Mais uma vez cruzamos a linha de chegada, e os iniciais 40,3km haviam se transformado em 45,34km. Felizes e suados, mergulhamos no lago aproveitando o sol que brilhava no céu. Mais a surpresa maior ainda estava por vir, ao caminhar em direção as barracas fui informado que a maioria das mochilas não havia chegado devido a um problema na barca de transporte. Após comer alguma coisa e confirmar que nossas mochilas realmente não estavam lá, ainda molhado e tremendo de frio, recortamos caixas de papelão e espalhamos pelo interior da barraca, na esperança de que nosso equipamento seria ainda transportado pelos caminhões contratados pela organização. As 10 da noite, saímos para verificar as mochilas e ficamos felizes ao encontrá-las no último caminhão de transporte daquele dia. Alguns competidores não receberam as mochilas e acabaram dormindo ao redor do fogo e tendo que contar com a solidariedade de outros corredores, que emprestavam roupas e agasalhos, demonstrando o verdadeiro espírito desta prova.


Etapa 3: A caminho do Lago Nonthué (Domingo,05/02)
A etapa mais fácil da prova, o percurso de pouco desnível e com uma quilometragem menor (inicialmente com 26,4 quilômetros). Logo na largada, ao som de Michel Teló, fomos informados que correríamos 22km, talvez uma compensação dos erros anteriores. O trecho final foi rápido e praticamente todo corrido com poucas subidas de caminhadas ligeiras, sendo brevemente interrompido pela aduana na fronteira entre Chile e Argentina. Terminamos novamente em uma praia de pedras com uma passagem estreita que comunicava o Lago Nonthué com o Lago Lacar. Em um clima de comemoração total, os atletas atravessaram um lago em lanchas por cerca de 800 metros e chegaram ao Camping Nonthué, na Argentina, onde ao som de músicas atravessamos finalmente o grande arco azul inflável que marcava o último dia de prova. Comemoramos todos felizes pela conquista, André Caúla, Eduardo Gomez, Roger Cardoso, Ashbel Almeida, Filipe Meireles e Fabrízio Rubinstein, além dos novos amigos que lá fizemos.

Conclusão: Uma prova bastante dura em um cenário de singular beleza que exige do atleta, profissional ou amador, muita dedicação e treino. Além do desafio físico e mental, o competidor tem que se adaptar as alterações climáticas que oscilam bastante nesta região patagônica, bem como se adequar a vida simples em acampamento por 3 dias. Uma prova sensacional, principalmente quando acompanhada de bons amigos!

André Caúla





EL CRUCE COLUMBIA 2012


Todas as moedas têm duas faces, porém um só valor.

O que quiz dizer com isso:

Cruce Columbia; Uma prova difícil, muito dura, cansativa com dificuldades quase desanimadoras em termos de desafio físico e de logística também.

Cruce Columbia; Três dias envolvido pela natureza, compartilhando com amigos momentos de emoção verdadeira, aonde mostramos do que somos capazes de fazer de bom em relação à nos mesmos e em relação aos outros.

O que fica do processo pelo qual passamos, é a maneira como interpretamos as circunstâncias na nossa vida, e o quê aprendemos para colocar em prática . O quanto eu realmente sou capaz de realizar? O que me motiva? Como posso usar essa percepção das minhas capacidades e de motivação em meu dia a dia?
Senão, qual o propósito disso tudo.

Quanto à emoção de completar a prova, passar por baixo de um pórtico azul após três dias de competição, por incrível que possa parecer é simplesmente um ponto final, uma sensação de missão cumprida, após três dias de vida intensa. Não houve momento algum durante o tempo todo, no qual eu não estivesse envolvido pelo clima de incertezas, questionamento, perseverança,boa vontade e disciplina. A sensação de vitória, no meu caso começou no primeiro passo na largada do primeiro dia, e só terminou no pórtico, no ultimo dia.

Cresci muito como ser humano.

Profissionalmente conclui a eficiência do trabalho realizado pela acessoria da qual faço parte, e pude aprender o quê acontece de verdade durante uma prova desse tipo, o que vai tornar nosso trabalho nesse tipo de evento, cada vez mais eficiente.

Agradeço em especial ao meu parceiro André Caula, pelo convívio harmonioso, motivação e paciência comigo, e principalmente por me dar a chance de participar desse evento.

Obrigado.
Ps.: o sentido da foto escolhida para ilustrar esse texto: As pessoas estão sempre acima de qualquer personalidade, não somos melhores nem piores, apenas únicos e diferentes.
Minhas fotos da Aventura.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Treino Corrida / Barra

Caros, boa tarde,

Já há um tempo estamos observando que a presença de vocês nos treinos de corrida na areia da Barra estão muito irregulares, contando com constantes atrasos, ausências, e indisciplina na execução dos exercícios. Para relembrar: Quem for para o Iron Man, a periodização é montada com todas as 3 modalidades, uma depende da outra. Não vamos achar que uma modalidade pode compensar a outra, pois não terão resultados ou pior, vão lesionar.

Não é porque o treino de ciclismo às vezes é forte, que deverão faltar ou não executar o treino de corrida do próximo dia. Quem monta os treinos e quem sabe quando descansar ou recuperar é o WT. Não seja bicudo seguindo o que uma revista de Triathon pede para você fazer. “VC É INTELIGENTE”!

Quem é apenas atleta corredor ou até só esteja preocupado com a qualidade de vida, a evolução da planilha depende de sua evolução, não adianta faltar o treino e fazer outro dia ou outra hora para compensar. Como para o Iron Man, o mesmo vale para vocês.

Para todos,

Relembrando :

O treino inicia às 6h e não 6: 10h.

Não ache que chegando um pouco mais tarde os professores estarão disponíveis. O treino tem hora para acabar e os professores têm outros compromissos, e sua entrada no meio do treino atrapalhara quem já está treinando.

Fisiologicamente tudo tem um “PQ”. Estímulo x Recuperação. Não termine de correr e fique batendo papo na tenda, você esta perdendo condicionamento e ainda atrapalhara quem já esta treinando.

Em muitos momentos bate um desânimo, cansaço, etc... tudo que nos jogue para baixo, mas ninguém disse que para manter uma boa qualidade de vida, perder peso, ser um Iron Man nada disso, seria fácil.

Vocês são D+. Parabéns VAMOS COM TUDO!!!!!!!!!!!

Grato

domingo, 5 de fevereiro de 2012