sábado, 31 de dezembro de 2011

materia da Folha de Sao Paulo, 31/12/2011

Fechando o ano com CHAVE de OURO. Nada disso seria possível sem a presença, confiança, determinação e cumplicidade de nossos ALUNOS, AMIGOS, PROFESSORES e da minha ESPOSA.

Folha de São Paulo, 31/12/2011.....

Nadar, pedalar, correr

Com cerca de 20 mil praticantes no Brasil, triatlo transforma até sedentários em atletas fanáticos que treinam sem parar

Rafael Andrade/Folhapress

Triatletas amadores treinam ciclismo no bairro de Ipanema, zona sul do Rio

PAULA BIANCHI

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

São 4h50. Na esquina da rua Henrique Dumont com a avenida Vieira Souto, em Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro, um grupo de pessoas se reúne para pedalar cerca de 40 quilômetros, em velocidade bem acelerada, antes de seguir para o trabalho.

O que para alguns parece loucura faz parte da rotina de centenas de atletas amadores que circulam pelas ruas cariocas todas as manhãs. São os fanáticos pelas três atividades que integram o triatlo: nadar, pedalar e correr.

Em média, eles praticam de duas a três horas por dia durante a semana. Aos sábados e domingos, o treino é intensificado: sem ter que ir para o trabalho, estendem o exercício por até cinco horas, sempre intercalando a natação, o ciclismo e a corrida.

TODA A FAMÍLIA

"No começo a minha família reclamava muito da minha ausência [por causa dos treinos]. Depois viram o quanto eu gostava e passaram a me acompanhar e a gostar também", conta o empresário Otto Staffen Carneiro Júnior, 37.

Ele começou no esporte há cerca de três anos. E foi radical. Saiu do sedentarismo total para as provas de Iron Man, um dos circuitos internacionais mais famosos de triatlo -na versão brasileira, eliminatória para a competição mundial, são 3,8 km de natação, 180,4 km de ciclismo e 42,2 km de corrida.

Agora com 50 quilos a menos -baixou de 140kg para 90kg-, Carneiro não passa um dia sem se exercitar. "Às vezes é difícil conciliar, mas me esforço. Se você não treina fica inseguro nas provas."

UMA COISA LEVA A OUTRA

O nutricionista Rafael Broune de Castro, 33, triatleta há 17, é outro aficionado pelo esporte. Toda a semana ele pedala cerca de 300 quilômetros, corre outros 60 e nada mais dez. "Comecei pedalando, e quem pedala também corre. Daí juntei a natação e, quando vi, não conseguia mais deixar de fazer os três", conta Castro, que tem entre seus pacientes vários praticantes do esporte.

TIPOS DE ATLETA

A CBTri (Confederação Brasileira de Triathlon) estima que existam 20 mil praticantes no Brasil. "Existem vários tipos de triatletas. Os que competem, os que se divertem e os que são focados em só um tipo de prova", explica Roberto Menescal, superintendente da confederação.

Para praticar o esporte, não basta apenas calçar um bom par de tênis, pegar a bicicleta e começar a treinar.

Uma das características do esporte é o alto custo dos equipamentos necessários.

"Vão uns seis pares de tênis por ano só com a corrida", contabiliza Carneiro.

"Tem mais R$ 10 mil com a bicicleta de competição, R$ 5 mil com os equipamentos de proteção e entre R$ 600 e R$ 800 por mês com treinador, academia e natação, fora o acompanhamento médico e as massagens quando necessário", diz o empresário.

ACOMPANHAMENTO

Participar de uma atividade que exige muito do corpo e causa um alto desgaste físico também obriga os atletas a terem um acompanhamento médico constante.

Geralmente, os triatletas contratam treinadores e se organizam em grupos. No site da Federação de Triathlon do Rio, há 45 equipes inscritas.

"O principal problema é segurar quem acha que pode treinar além da sua capacidade", afirma o treinador Walter Tuche, que afirma montar programas específicos, de acordo com a capacidade e as ambições atléticas de cada um de seus clientes.


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