quinta-feira, 24 de junho de 2010

CARTA ENVIADA A ORGANIZACAO DA CLARO 100K

Caro Mario Roma, tudo bem?


Como de praxe ao final de cada prova busco avaliar a prova e de alguma forma, mesmo que sem que haja interesses dos organizadores, fazer algumas sugestões relativas ao evento.

Há cerca de 6 meses fomos convidados como uma das escuderias a participar do evento. Ficamos lisonjeados com o convite e entramos de cara neste projeto, estimulando nossos alunos a participar de forma limpa e competitiva.

Fomos 2º colocados na 1ª etapa , 6º nas segunda e certamente estaríamos vencendo a prova de domingo no nosso quintal.

Tivemos um grupo de alunos participando com cerca de 80 pessoas (10% dos participantes na prova, sendo 20 mulheres), estimuladas por mim, pela grandiosidade do evento, empresas envolvidas no mesmo, fruto do que vimos nas outras etapas e pelo próprio relato dos alunos outrora presentes.

Quando estivemos juntos, e com a Dani Genovesi, na elaboração do percurso, mandei um email à vocês, com uma sugestão de uma possível rota da prova (na av das Américas), pois estamos acostumados a rodar nela diariamente, sabendo da qualidade do asfalto e da possibilidade de uma prova impar no cenário do ciclismo nacional.

Um mês após nosso contato aqui no Rio, soube por um amigo, do percurso da prova, e que houve algumas reuniões no Rio para resolver o trajeto. Não sou o dono da razão e tão pouco o quero ser, mas contra os fatos não existem argumentos: No Rio de Janeiro, trabalho com ciclismo há vários anos e tenho o maior número de alunos ciclistas numa Assessoria Esportiva, ouso dizer, que pode ser ate do Brasil. Assim sendo, creio que deveria no mínimo ser consultado para tal decisão, pois nossos alunos participariam da prova, e poderia afirmar categoricamente que aquele percurso da praia seria um risco imenso, e teríamos condições de mostrar as autoridades do transito a viabilização da Av das Americas.

Ainda assim, motivado e motivando nossos alunos resolvemos prestigiar o evento, mesmo sabendo que seriam colocados tapetes de borracha para cobrir os olhos de gato no percurso e que isso nada adiantaria, pois o “teste do tapete” foi feito com uma ciclista apenas.

Não podemos deixar de relatar que mesmo, para os carros que ali passam, os paralelepípedos são um transtorno.

E que o afunilamento da pista dupla para simples seria um problema muito maior para uma grande massa de ciclistas amadores.

Indo para o evento cedo, passei de carro pelos tapetes a 50km/h e os via, pelo retrovisor, voando. Tive o cuidado e preocupação de avisar ao motorista do carro madrinha e a voce no inicio da prova.

Pedi aos meus alunos um imenso cuidado na prova e tive no meu grupo, 3 quedas, 2 bicicletas quebradas, uma enormidade de desistências em função do perigo, insegurança e monotonia do circuito, que apesar de belo, não nos permitia um ciclismo agressivo e competitivo.

Numa das quedas, e grave, de um de meus alunos, os que ali o socorreram constataram a demora da ambulância e o despreparo de pessoal e equipamentos para um resgate mais sério. Sem falar na total ausência de sinalização e orientação dos ciclistas com o staff da prova.

Espero de alguma forma ter contribuído para o crescimento do evento e colocar -nos a disposição para, juntos, trabalhar-mos por um ciclismo melhor e mais seguro.

Walter Tuche

2 comentários:

paulo albuquerque disse...

Espero sinceramente que os organizadores e os atletas que apoiaram a organizaçaõ nesse evento,tirem como lição o ocorrido e que tenham mais preocupação com a segurança e melhor organização para com todos atletas envolvidos num evento dessa magnetude!!
At.
Paulo Albuquerque

Obs:APROVEITEM A EXPERIÊNCIA NO CICLISMO NO RIO DE JANEIRO DE QUEM ENTENDE( SR. WALTER TUCHE)

Anônimo disse...

Velho te responderam?

abs
Fernandinho