terça-feira, 22 de novembro de 2011

MEIO IRON DE PIRA, por FABIO MOREIRA

Pirassununga 2011 (1,8km/90km/21km)

Pela primeira vez repeti uma prova de Longa Distância (já havia repetido olímpicos tanto no Rio quanto em Santos). Achava que não teria grandes surpresas, eu estava enganado.

O dia começou cedo no último Domingo, coloquei o relógio para despertar às 5 horas, mas antes disso já estava acordado. Isso é um bom sinal, normalmente não preciso de relógio para acordar para os treinos, eu estava descansado.

Eu e Patrícia tomamos um café da manhã reforçado, só iríamos largar 8 horas. Fizemos tudo como sempre fazemos para os treinos longos do final de semana e de toda maneira eu tentava esconder que estava mais preocupado com a estreia dela nesta distância do que com a minha prova.

Chegamos na AFA e o sol já estava aparecendo, o céu estava limpo. Ao avistar o lago onde iríamos nadar uma pequena neblina começava a desaparecer. Estava frio e só depois de colocar a bike e os outros equipamentos na transição é que retornamos ao carro para tirar os casacos.

Fotos com os colegas da ex-equipe paulista, um mergulho e umas braçadas para conferir a água que estava numa temperatura agradável e começa a contagem regressiva para a largada. Me despeço da Patrícia e dou o último beijo de boa sorte. Eu achava que iríamos nos encontrar no meio da prova.

Me posicionei bem a frente na largada e forcei bastante as primeiras braçadas. Foi melhor assim, embora tenha feito quase o mesmo tempo do ano anterior, tomei muito menos pancada. Depois da segunda volta, uma corridinha até a transição. Eu sempre acho minha transição lenta. Demoro muito pra colocar as comidas nos bolsos das costas. Na próxima vez vou deixar tudo na bike.

O percurso de ciclismo é de 4 voltas e quase não tem trechos planos, são sempre subidas e descidas. Comecei forte, estava me sentindo bem. Mas iniciando a 2º volta começou um vento que nos acompanhou por toda a prova. Meu ritmo caiu, em vários momentos passava por nuvens de poeira. Quase bato em um cara que estava com roda fechada e não conseguia ficar em linha reta. Ao final da quarta volta fico mais tranquilo a pior parte pra mim acabou, agora vou buscar todo mundo que me passou durante o pedal.

Começo a corrida bem lentamente, vou soltando as pernas aos poucos. No final do primeiro quilômetro já mantenho uma velocidade constante mas não forço muito porque sei o que estava chegando pela frente. Entre os quilômetros 5 e 8 está o pior trecho de corrida da prova, um passeio por um canavial seguido por uma estrada de terra batida e passaríamos duas vezes por ali. O sol castigava mas o vento que atrapalhou bastante o pedal, dava uma ajuda para diminuir a sensação térmica. Em todos os postos de hidratação pegava dois copos d'água, dava um gole e jogava o resto na cabeça. Faltando 4 quilômetros aumentei o ritmo. Cheguei com o tempo de 04:47:55. Baixei 10 minutos em relação ao ano passado.

Me alimentei e reidratei e fui logo procurar notícias da Patricia. E para minha felicidade encontro ela começando a segunda volta de corrida. Pergunto se está tudo bem e vejo no seu sorriso que sim. Uma hora e pouco depois estou novamente cruzando a linha de chegada. Mas dessa vez não como atleta e sim como marido. Que orgulho!!!

Obrigado a todos que me ajudaram a chegar até aqui. Aos companheiros de treino e toda a Equipe Walter Tuche. E um agradecimento especial ao meu treinador que no fim de semana da prova parecia um paizão mandando mensagens e querendo saber de tudo. Obrigado Walter.

Fábio Moreira

Um comentário:

Adriana Dexheimer disse...

Parabénsss!!! Casal showwww de bola!!
bjs!!
Dri.