quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

CRUCE 04: "Dessa vez a prova não era minha"

Relato de Roger de Abreu Cardoso:

"Quando cheguei ao Chile Para correr pela terceira vez o Cruce de los andes, eu sabia que tinha uma missão diferente pela frente, e certamente a mais difícil para mim.

Dessa vez a prova não era minha.



O meu objetivo como já tinha relatado aos amigo mais próximos era fazer com que fosse possível a Leticia, que começou a correr há um ano e meio conseguisse correr os 100k de uma dificílima.

Fiz questão de chegar mais cedo em Puerto Varas que era a cidade sede para que houvesse tempo de aclimatar, mas isso só serviu para aumentar a tensão, por que o clima já se mostrava duro, temperaturas abaixo de 12 graus e chuva que insistia em cair o dia inteiro, só deixaram todos mais apreensivos com o que estava por vir.

No dia da largada, parecia que a chuva estava mais forte e que estava mais frio.

A margem do Lago Esmeralda onde ficava o pórtico de largada estava negra, não era possível enxergar nenhuma montanha quanto mais o grande OZORNO que era nosso destino. Após 40 minutos de espera foi dada a largada, todos largaram com tudo que tinham para se esquentar com a esperança de que quando começasse a correr fossem aquecendo, que engano, quando começamos a subir a encosta do vulcão o vento aumentava rapidamente e o frio fazia as mãos mesmo de luva doerem muito. Eu olhava para minha dupla e ela tinha uma certa expressão de pavor que ela não queria deixar transparecer.

Chegando na parte mais alta o vento de 50km/h junto com a chuva forte fazia a sensação térmica ficar por volta dos 7 graus negativos. E aí eu me dei conta de que o temido esforço pela subida nem tinha passado pela cabeça da Letícia. A concentração dela estava apenas em sobreviver aquilo.

Já passando aquela situação há umas duas horas avistamos um quadrícula e uma pick-up da organização. A Letícia falou para mim: "eu vou pedir para eles me levarem daqui, eu não estou aguentando" e eu respondi que prova de montanha não era assim, não adianta pedir para sair, tem que ir até o final sem desculpa. E completei dizendo que assim que virássemos o cume o clima melhoraria. Ela então começou a correr muito subindo com força que eu mesmo tive que me apressar para acompanhar.

Na descida da encosta a Letícia corria tanto que nós passamos mais de vinte duplas, tamanha a alegria dela de sair daquela situação.

Chegando ao posto de abastecimento encontramos Dudu e André, e a felicidade foi enorme, saímos dali combinado que correríamos o resto da prova juntos, mas na primeira subida cheia de lama o tênis da Letícia saiu do pé agarrado na lama e então nos separamos. Dali se seguiram 15 km d um lamaçal que muitas vezes chegava ao joelho e que diversas vezes fazia o esforço de dar um passo impossível. Em um momento duas pessoas tiveram que agarrar a Letícia para desatolar. Entramos em uma floresta fechada e de repente tudo parou, uma fila? Eu fui até a frente para saber o que acontecia, um barranco de lama com uma corda afunilava a passagem. Foram 2 horas parados ali, com muito frio, trocamos de roupa, pois havia levado camisas secas, a nossa roupa estava tão molhada que sem roupa estava até mais quente. Descemos o barranco e na subida do outro lado havia outro que as pessoas não conseguiam subir, ajudei algumas pessoas e fomos adiante. Chegando nos 10km finais o lamaçal ficou para trás e uma estracinha de terra batida tomou seu lugar podíamos finalmente correr, mas o esforço de superar os lamaçais já havia cobrado seu preço, o joelho que perturbou a Letícia após uma queda em janeiro, já estava estragado. A dor já não permitia que ela corresse, andamos forte até o acampamento, nesse momento mais tranquilo eu tive oportunidade de refletir sobre a prova. E percebi que uma prova de montanha sai de controle queira a organização ou não, por que quem manda na montanha é a natureza e ela é soberana. O competidor pode fazer apenas duas coisas se preparar o máximo possível e ser resignado e humilde para aceitar.

Chegamos finalmente ao acampamento depois de 10:30 de prova o joelho da Letícia nem dobrava mais, depois de esfriar, não dava para ela apoiar no chão.

A única opção era abandonar a prova. Apesar da tristes afica a certeza que ambos ano que vem estarão de volta para desfiar mais uma vez a natureza com a humildade de quem alcança a felicidade plena nas montanhas."

Parabéns Roger!

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Laranjas em ação

Neste fim de semana ocorreu o 23º Triathlon Internacional de Santos TFT 2014 onde nossos laranjas fizeram bonito, subindo três podiuns.

Ana Boccanera foi a 2ª colocada na sua categoria finalizando a prova em 02:09:09, enquanto Juliana Sacchi completou a distância em 02:11:53, chegando na 2ª colocação na sua categoria.


Já Rafael Cabral chegou em 1º lugar na sua categoria completando a prova em 01:50:15.



Luiz Augusto Andrade foi o 10º lugar na sua categoria com o tempo de 02:11:14, Douglas Gouveia completou a prova em 01:41:39, Luciano Ramos fez em 01:46:42 e Roberto Mendes fechou a prova em 01:57:58.


No Hemisfério Norte, nas terras quase sempre quentes da Florida, Ana Lauriano correu a 10k Five Guys em 59:11 e Fabio Moreira participou da Meia Maratona de Fort Lauderdale completando o percurso em 01:30:26.





Parabéns a todos!

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

CRUCE 03: "Rumo aos vulcões invisíveis"

Relato de Carlos Cintra sobre sua participação no Cruce

"O El Cruce não é uma prova de corrida e sim uma prova de montanha. Não basta apenas estar bem fisicamente, temos que estar muito bem fisicamente, alguns anos de volume de corrida e uma parte mental igual a de lutador de boxe, tem que aguentar muita pancada para poder sobreviver. Alias sobrevivência na minha visão foi o tema deste Cruce, em momentos que o corpo pede pra parar a cabeça começa a fraquejar a única solução é correr, correr pra o corpo produzir mais calor, para nos esquentar, para poder passar mais rapido por aquele momento difícil.




O conhecimento de detalhes da etapa também são importantes, como saber a altitude máxima que passaríamos pelo 1 dia, fez com que tivesse noção de quanto sofrimento precisaria para passar por aqueles momentos de angústia que parecia nunca terminar, quando cheguei a 990m de altitude sabendo que o máximo seria de 1131m acelerei o passo, pois foi a única forma de comunicação possível já que a boca estava congelada e simplesmente não articulava direito, dedos, mãos e rosto na mesma situação, depois começamos a descer e tudo melhorou. Este dia acabou com 15 km de lama, e depois da chegada quando o corpo para o frio vem com força de novo. Esqueci-me de comentar, no alto dos 1131m passávamos pelo colo do vulcão Osorno, mas estava muito nublado e mal víamos a trilha a frente.

Na montanha temos que estar preparados pra tudo, mesmo que a organização da prova mude ou diminua o trajeto, ou apareça um solzinho pra animar, vi muita gente jogando agua fora, ou acelerando com força nos primeiros kms do 2 dia porque ouviu falar que a etapa seria de 22k e não de 31 como programado, esqueceram que em montanha não existe plano ou se sobe ou se desce. De novo esqueci-me de comentar passamos por outro vulcão este chamado de Pontiagudo, porém devido a neblina não vimos nada...


Sei que não é fácil uma montar uma estrutura para uma prova desta magnitude, mas não ter agua nem comida na chegada de uma etapa e depois com transporte de 3 horas num ônibus foi cruel, chegamos no acampamento quase 11h da noite, de novo chuva e frio. Outra coisa valeria um post só pra falarmos do acampamento devido as particularidades do tema.

No ultimo dia começou duro com chuva e frio durante toda a noite e na largada, subimos uma pista de ski chamada Antillaca e disseram que tinha um vulcão chamado Casablanca atrás de nós onde deveríamos passar se tivesse bom tempo, mas também não vi, alias neste dia a neblina impedia a visão além de 5/10m a frente. No alto da pista quem fez solo disse que tinha uma cratera, a organização chama aquela passagem de El Crater, também não via nada. A descida é alucinante parecendo como uma duna gigante de areia grossa e pedrinhas pretas (vulcânicas), que dava pra descer com velocidade, alias esta velocidade nos empolgou e entramos na floresta onde tinham single-tracks estreitos por toda a descida acelerando sempre e pedindo “permiso” pros Hermanos. Lembrei muito dos treinos do Walter em correr com joelhos levantados foram fundamentais neste dia com charcos e lama. Acabou o dia com 20km e sensação de quero mais.


Apesar da chuva, frio, neblina, roupa molhadas, fedidas, muito perrengue entre outras coisa chatas, nada me tirou o humor e aproveitei cada momento da prova. A escolha do parceiro no caso de duplas também é um ponto importante, pois ajuda muito nestas horas de aporrinhação, saber que não é só você que esta sofrendo, pois numa prova de 100km em 3 dias o sofrimento faz parte, ter uma cabeça boa e poder compartilhar com amigos melhora tudo. Valeu Xande Primo."

Parabéns Cintra!

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

PROGRAMACAO DE FIM DE SEMANA

ATENCAO PARA O FIM DO HORARIO 
DE VERAO NESTE FIM DE SEMANA

Leia ate o fim e veja a programação de domingo também com os treinos de natacao, corrida e ciclismo.

SABADO

Ciclismo / Tri

Ciclismo / médio e gran fondo NY */ Haute Route* / Audax 200k / Le etape*

Médio fondo faz 70% da distancia prevista dentre as opções abaixo.

Opção 1 – 3 voltas na barra + alto e cx d agua. 6:30 do RE Concept Store  

Opção 2* -  estrada – 120km ; saída as 6:30 – posto forza rio magé

Opção 3 *– estrada – 98 km : saída as 7:00 – parada modelo – parada modelo – schin – Guapiaçu – parada modelo

Opção 4 *– estrada 130km – saída as 7:00 – parada modelo – alto da serra de Friburgo – parada modelo

Opção 5 - Profa Rita : 6:30 do RE Concept Store  / 6:45 NO IPIRANGA

Opção 6* – 7:30 na nissan de sao conrado – canoas – mesa – alto – cx d’agua – heliponto – rua st alexandrino (cuidado com os trilhos) – estrada do cristo – mirante d. Marta – paineiras – alto

MTB – Prof Dudu – 7:30 no brasão de Itaipava – percurso de bate e volta – todos os níveis de atletas

·      provas com asterisco tem preferencia para esses treinos

Iroman 2014  - no email

Meios de 2014 – opção 3 ou magé 80kms

AUDAX 200 = opção 4 do ciclismo



PROGRAMACAO DE DOMINGO


NATAÇAO NO POSTO 6 AS 7:15 DA MANHA

CORRIDA

7:15 no posto 6 em Copacabana

·      meias maratonas / iron fortaleza / meios 2014 - 14km – indo do posto 6 ate o Sheraton da Niemeyer e voltando
·      Iron floripa – posto 6 – r. santa clara – posto 6 – Leblon – 2x o sétimo ceu – posto 6
·      Maratona do rio – r. santa clara – posto 6 – Leblon – 2x o sétimo ceu – posto 6 – Sheraton – posto 6
·      Demais corredores – posto 6 – Leblon – 2x o sétimo ceu – posto 6


CICLISMO (todos)


2hs de montanha livre

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

CRUCE 02: "Direto na prova"

Relato de José Luiz de Oliveira sobre sua participação no Cruce:


"Todos os relatos do que antecedeu a prova seriam inúteis visto que a zona que fizemos no credenciamento e os almoços e jantares regados à muita risada são os mesmos em qualquer prova que fazemos junto com a família WT, portanto, meu relato começa direto na prova.

DIA 1
O dia da largada começou bem cedo já que os ônibus estariam alinhados pra embarque para a área de largada as 6:00. Depois de pular da cama, trocar de roupa, café da manhã e etc, partimos rumo à fila de ônibus com a roupa de prova com a rua totalmente escura e chuvosa, onde uma multidão de atletas agasalhados caminhava pela manhã fria.

Depois de pouco mais de uma hora num trajeto cheio de neblina, chegamos enfim à área de largada, um lugar muito bonito a beira do lago de Todos los Santos. Devidamente posicionados no funil de largada e lá se vão os atletas de elite, entre eles os irmãos André e Filipe Meireles, e o frio na barriga só ia aumentando.

Chegou a nossa vez e partimos, o frio na barriga já tinha ficado pra trás e minha dupla alternava entre correr e filmar a galera com a paisagem de fundo,onde por enquanto todos sorriam bastante, como se ignorassem o que vinha pela frente.

Quase 4km no plano e já entramos num vale onde o vento não dava folga, com inclinação desafiadora e chuva entrando de frente, pra apimentar o início da prova. A subida seria de quase 10km com o Vulcão Osorno sempre a nossa esquerda (totalmente encoberto no dia), passado algum tempo começamos a perceber que o vento, a chuva e o frio começavava a travar muitas duplas, e conseguímos manter um misto de trote e marcha acelerada na subida, vencendo enfim a maior subida. Um downhill técnico seguido de uma descida leve seguia até o km 20, e ditamos um ritmo bom pra tentar aquecer as pernas depois dos congelantes ventos a 1.250m de altitude.

Aí começava um trecho de subidas e descidas alternadas, sem mistério não fosse pela chuva que fez do barro um enorme lamaçal que atolava até o joelho, mas como não tinha jeito, soca a bota e segue chafurdando na lama e lavando os tênis nos rios que atravessamos, até que no fim de uma subidinha leve saímos da mata fechada e avistamos o camp 1. Mistura de adrenalina e felicidade pela proximidade da chegada, aceleramos o passo e imprimimos um ritmo bem forte, ainda com tempo suficiente de ultrapassar uma dupla argentina que comemorava faltando 1km.

Comemora, pega uma garrafa d'água e acabou a moleza, partiu organizar tudo porque no dia seguinte a batalha continua. Secar o equipamento na churrasqueira, se limpar e trocar de roupa pra almoçar e comemorar a chegada dos amigos!


DIA 2
A noite no camp foi tranquila, os 39km do primeiro dia que viraram 41 trataram de cansar e galera e fazer todo mundo dormir cedo.

Na manhã do dia 2, chuva fina e frio novamente, partimos pro café da manhã e entregamos as bolsas pra serem levadas pro camp 2 e ai veio a hora de vestir o uniforme molhado do dia anterior e descobrir que infelizmente a Leticia sentiu o joelho e teve que abandonar, assim como a Maria Cecilia passou muito mal com hipotermia a noite e foi forçada a desistir da prova.

Mais uma horinha de ônibus e lá fomos nós pra largada do dia 2, mas logo na descida do ônibus a organização avisava que por conta das más condições climáticas não poderíamos subir a montanha, e começou um período confuso onde ninguém sabia ao certo qual seria o trajeto ou a quilometragem. Depois da confusão, o diretor de prova deu o recado que seriam 23km num percurso de ida e volta quase todo plano. Diversos atletas, inclusive nós dois, esvaziavam um pouco o camelback para aliviar o peso já que seriam somente 23km, doce ilusão.

Com a suposta redução do percurso, largamos forte tentando imprimir um bom ritmo e evitar as filas formadas em caso de single track, e já de saída descobrimos que o "quase todo plano" do diretor de prova era subidas e descidas bem acentuadas porém curtas. Passados 20 minutos de prova o vento começou a mudar, e as nuvens de chuva se vão deixando um sol bem forte que castigaria até o final da prova, e com a chegada do km 12 sem nenhuma indicação de retorno começamos a nos preocupar com água e com a real quilometragem do percurso. Por volta do km 15 durante uma descida, lá vinham os atletas da elite subindo forte, o que confirmava a suspeita de que seriam mais do que os 23km anunciados.

O percurso era muito bonito e seguia pela margem de um lago, com a travessia de diversos riachos e um rio grande todos provenientes do degelo das montanhas, e num desses conseguímos abastecer o camelback e voltar pra prova. Num enorme descampado encontramos com a Val e o Thunder que gentilmente me deram um dorflex pra que eu aliviasse a dor que estava me incomodando na perna, e lá seguimos nós 4 em um downhill muito bom por um pasto que nos levaria novamente até a playa.

Mantivemos o ritmo constante e infelizmente no km 25 o Cadu começou a apresentar sintomas de enjoo e desidratação, e as cápsulas de sal que poderiam ajudar haviam caído em algum momento da prova, mas não estavam mais onde deveriam. Entendendo que não daria pra manter o ritmo forte, alternamos entre correr e andar (pra que ele aliviasse a ânsia de vômito) pelos 8km finais até que enfim fechamos a etapa com 34km aos trancos e barrancos.

O camp 2 ainda nos reservava mais surpresas, como uma viagem de 3 horas de ônibus morro acima, sofrida e bem difícil pra quem estava com dores musculares, e mais ainda pra quem estava passando mal. Chegando lá tivemos que usar bem o conceito de dupla, Cadu foi pra tenda médica e eu parti com as malas pra barraca pra tentar adiantar alguma coisa pra podermos jantar e descansar pro terceiro dia, e dentro das possibilidades, tudo funcionou razoavelmente bem e ele foi medicado e apagou.


DIA 3
Após uma noite de muita chuva e frio que castigou o camp 2, partimos pro café com o Cadu já inteiro e encontramos o Guilherme e a Pat, que nos avisaram que haviam abandonado a prova por conta de uma lesão no joelho dela. Tristeza por mais uma dupla de amigos sendo obrigada a abandonar mas estávamos focados e iríamos alinhar para o terceiro dia.

Em meio a um temporal e um frio que castigava, partimos com Dudu e Caula, Val e Thunder pra largada. Chegou a nossa vez e partimos tentando imprimir um ritmo bom no começo plano para nos distanciar da galera que havia largado na mesma onda que nós, para evitar mais uma vez as filas no single track, mas não tinha jeito, depois de poucos kms começava uma subida em single track onde era impossível ultrapassar e no final da primeira subida encontramos com o Dudu retornado com uma expressão de dor, ele nos avisou que o pé machucado e havia desistido da terceira etapa.

Chateados com a notícia seguimos viagem e logo depois o single track viraria um largo caminho de areia vulcânica com inclinações muito acentuadas que se estendia por doloridos 3km. Todos caminhando e nesse momento meu joelho que já vinha incomodando simplesmente travou, e a dor era muito forte, acabei me distanciando um pouco da minha dupla quando fui alcançado pela Val e Thunder novamente, que me ajudaram na subida até que chegasse no Cadu novamente. Chegamos ao cume do vulcão Cazablanca e um downill de quase 2km seguia-se, por onde manquei sem cerimônia até entrarmos numa mata fechada onde a inclinação era menos acentuada e pude voltar a trotar, mesmo com bastante dor.

O Cadu entendendo que não daria pra forçar já que eu tava com muita dor, deixou que eu ditasse o pace pra nossa corrida, e lá fomos nós, eu tentando correr o máximo que conseguia e o cadu seguindo o ritmo e me ajudando sempre que havia alguma descida mais íngreme.

Com bastante dor e levando muito mais tempo do que esperávamos, completamos o terceiro dia e assim vencemos o desafio do Cruce de los Andes.

Indescritível a experiência, o aprendizado e o auto conhecimento que levo na bagagem depois dessa prova, a montanha é soberana e impôs a nós uma condição muito severa de prova, mas como diz wt, quer passear vai pra Disney!

Os vulcões agora foram vencidos, que venham os próximos desafios."

Parabéns, José!

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

CRUCE 01: "Curtir ou sofrer, a escolha é sua"


Relato do Cadu Vigilia sobre sua participação no Cruce:

"Nesses 100km eu larguei na chuva, eu corri na areia, na pedra, na grama, no mato, subi 1 vulcão e depois outro.

Nesses 100km eu atravessei rio, ponte feita com 1 só tronco, pisei na lama, escorreguei, cai 1 vez, 2 vezes e não sei mais quantas. Mas me levantei em todas.

Eu passei frio, muito frio, eu fiquei sem sentir as pontas dos dedos e do nariz e vi cristais de gelo se formando nas minhas luvas.

Nesses 100km eu ultrapassei muita gente, fui ultrapassado por muita gente, dei passagem e pedi 'permiso'.

Eu fiz pace de 4:50 e também fiz pace de 17:00. Eu corri, andei, desci barranco de skibunda, peguei engarrafamento e parei para tirar fotos. Eu perdi uma gopro, eu achei a gopro. Eu perdi uma unha do pé e essa não achei mais.

Nesses 100km eu encontrei os amigos que treinaram comigo, dei força para eles e recebi o mesmo quando precisei.

Eu dormi mal, molhado e sem tomar banho. Eu vesti roupa gelada, molhada e fedida de manhã cedo. Eu perdi minhas cápsulas de sal no meio de uma etapa, passei mal, vomitei 1 vez, 2 vezes e 3 vezes. Eu tomei injeção para enjoo e vi os médicos tratando um atleta com hipotermia colocando bolsas de água quente em seu corpo.

Nesses 100km eu vi a tristeza de alguns em ter que abandonar e me lembrei do que senti 2 anos atrás quando tive que fazer o mesmo.

Eu vi os profissionais saltando pedras que nem gafanhoto, vi tiozinho se arrastando que nem lesma e amigos correndo na raça mesmo machucados. Eu vi cara de dor, vi cara de choro, vi cara de mau humor mas também vi sorrisos, aos montes.



Nesses 100km eu empurrei meu parceiro na reta, fui rebocado na subida, contei piada, xinguei, fiquei empolgado, deprimido, feliz ao ver o sol e o lugar incrível onde estava mas também fiquei de saco cheio em ver tanta chuva.

Nesses 100km eu fiz algumas amizades, fortaleci muitas, aprendi, ensinei, recebi dicas, dei dicas, me diverti e lembrei o tempo todo as palavras ditas antes da largada pelo diretor da prova: 'Curtir ou sofrer, a escolha é sua.'

Nesses 100km eu escolhi curtir."


Parabéns Cadu!




terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Treinos de corrida

Saiba que para atingir seus objetivos é necessário muito mais do que o simples desejo de realizá-lo.

Depende de você, da sua vontade e da sua ação. Requer compromisso e dedicação.


Nossos treinos de corrida são um exemplo disso. Estão cada vez mais cheios de laranjas compromissados e são cada vez mais desafiadores. 

Apesar de haver uma programação sugerida em nosso site para o último domingo, nossos alunos tiveram uma grata surpresa.

A sessão, na qual os atletas deveriam cumprir a quilometragem para suas provas, foi alterada para um treino onde os principais ingredientes foram muita dedicação e suor.

O circuito consistia de várias subidas e descidas onde nossos atletas se encontravam a todo momento.

A idéia era fazer com que fossem além de vencer o desafio. Era fazer com que se desafiassem mutuamente, estimulando para que cada um buscasse seu melhor durante as atividades propostas.

O treino aconteceu na Mesa do Imperador, contou com a participação de 35 atletas e teve início as 07:20 com uma corrida de 1,5 km em direção ao Alto (bate e volta) que serviu como um pequeno aperitivo do que estava por vir.

Ao retornarem a Mesa, nossos atletas realizaram séries seguidas do percurso de 2km entre a Mesa e a Vista Chinesa, num bate e volta até completar 01:10 de treino. 

A partir deste ponto foram realizadas séries entre a Bica antes da Mesa até a Mesa, perfazendo 4 X 800m de bate e volta no trecho mais íngreme.

Para finalizar, mais um bate e volta entre a Mesa e a Vista Chinesa, completando um total de 15,5 a 16,5 km em 01:40.

Entre idas e vindas, durante as séries e nos intervalos entre elas, brincadeiras e provocações serviram como combustível incentivador a todos aqueles que ali estavam. 

E foi assim que o domingo teve início, com nossos laranjas realizados por terem superado o desafio proposto e ido além, superando seus limites. 

Olha só a empolgação deles nas fotos... Gostou? Então fique atento aos nossos comunicados e não perca o próximo treino de corrida!





 



Altimetria

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

A PROGRAMACAO DESTE FIM DE SEMANA ESTA NO SEU EMAIL

OBRIGADO

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

CRUCE DE LOS ANDES  

Nestes últimos anos nossa aventura começou.

Filipe Meireles, Andre Caula, Eduardo Gomez (Prof) , Ashbel Almeida e Roger Cardoso foram os pioneiros.

Certa vez ouvi de um Prof amigo meu dizer que métodos de treinamento surgem, se complementam , acrescentam , não dão certo para uns ou para outros, dão certo para uns ou para outros, mas apesar de tudo a fisiologia humana continuava sendo a mesma.

Conversamos, nos preparamos, erramos , acertamos, testamos e fizemos uma preparação bem legal para eles vencerem o para nós também era inédito.

Uma prova a cada ano pra lá de desafiadora, em locais inóspitos , sob frio ou calor, sob neve ou deserto, mas sempre cercado de locais paradisíacos e que marcam a memoria ou vida de qualquer conquistador, ja que essa prova além do prazer da competição tem um Q a mais de conquista.

Serão quase 100kms , 3 dias, em etapas duras com subidas, vulcões com muita pedra, rios e lagos apimentando o trajeto e neste ano ainda uma chuva que insiste em nao parar na véspera da prova.

Nossos atletas estão lá e somos 17 competidores. Andre Caula,
Eduardo Gomez ( prof Dudu), Valeska Velosso, Marcos Thunder, Maria Cecilia Erthal, Marcus Dantas, Rafael Brasilia, Filipe Meirelles, Andre Meirelles, Roger Cardoso, Leticia, Marco Antonio Azevedo, Carlos Cintra, Xande Primo, Guilherme Behrens, Patricia Barbulla, Cadu,Ze Luiz.

Desejamos a voces, nossos bravos atletas, a melhor prova do mundo , os 3 dias de inesqueciveis de aprendizados em suas vidas e nos resta torcer e agradecer o exemplo que são em nossas vidas.


AVANTE , CRUCE 2014!!!


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Cruce de Los Andes

Boa sorte:

Andre Caula
Eduardo Gomez ( prof Dudu)
Valeska Velosso
Marcos Thunder
Maria Cecilia Erthal
Marcus Dantas
Rafael Brasilia
Filipe Meirelles
Andre Meirelles
Roger Cardoso
Leticia
Marco Antonio Azevedo
Carlos Cintra
Xande Primo
Guilherme Behrens
Patricia Barbulla
Cadu
Ze Luiz



sábado, 1 de fevereiro de 2014

PROGRAMACAO DE DOMINGO


AQUÁRIO CONFIRMADO ( 7:15 posto 6 em copa)

CICLISMO - descrito na programação de ONTEM

CORRIDA 



Local: Posto 6 - copacabana
Horario : 7:15 da manha

provas / distancias:

  1. maratona do rio - 18km
  2. meias maratonas ( 2104) - 6kms na rua + 20 min de areia fofa ( posto 6 - leme - entra na areia na figueredo magalhas em copa - posto 6)
  3. demais corredores: 8kms pela rua ( posto 6 - leme - posto 6)
  4. Meio Iron 2014: 30min de corrida apôs o aquário
  5. Iron 2014 ( floripa, texas , fortaleza ) = meias maratonas