quarta-feira, 31 de agosto de 2011

70.3 , por Fernando Martins


Para o meu primeiro 70.3, achei a prova muito maneira!

A cidade se entrega à prova!

Mar bem calmo e água muito gelada (16 graus)!

Largada pontualmente às 09:30 da manhã.

Depois das 10 primeiras braçadas, já não tinha mais essa de água gelada, entra-se no "clima" e pronto.

Na primeira bóia, o primeiro coice de pernada de peito e lá se vai meu óculos para o topo da cabeça! Ainda bem que não caiu!

Fica a dica: usem o óculo por dentro da touca pois esse risco diminui.

Outra dica, invistam num óculos BOM! O meu está velho e sujo! Resultado, nadei seguindo os outros pois não enxergava a bóis (que era gigante) por nada!

Saí da água com 32min, acima do que eu queria mas amarradão de estar inteiro.

Quando coloquei as duas pernas na areia, cãimbras nos dois posteriores. Acho que o resultado de bater pouco a perna + a temperatura baixa da água.

Tive que fazer a T1 caminhando para não correr o risco de parar por ali mesmo.

Primeira crítica à prova: a tenda da T1 era uma zona completa! Faltaram cadeiras livres e um fluxo para as pessoas não ficarem indo e vindo aleatoriamente atrapalhando o resto das pessoas.

Não pensei duas vezes, meti um casaco com corta vento pois parecia que pegaríamos muito frio. Acho o casaco mais prático que os manguitos!

Na saída para o pedal, rolou um engarrafamento de ciclistas a pé até a área de montagem nas bikes.

Nessa área, as pessoas estavam parando em cima da linha para montar na bike. Resultado, quem estava atrás tinha que esperar a boa vontade dos caras para poder passar. Não dava para passar na marra!

O pedal é maneiro, a rodovia é boa, mas 700 pessoas num percurso de 30Km (são 3 voltas de 30Km) realmente não cabe!

Não tem como não formar pelotão. Quem queria seguir a regra tinha dificuldade e quem queria pegar vácuo ficava à vontade.

Muita gente com uma advertência no número de peito, mas muita gente pegando vácuo sem ser incomodado.

Em relação ao apoio de alimentação e bebida, zero problema. Passamos pelos pontos 6 vezes, o que dá uma média de 1 a cada 15km, mais do que confortável.

Os 90k se completam no Castelo principal do parque após 2h32min.

A T2 é mais tranquila, até porque tem menos coisa a ser feita.

Dali saímos para duas voltas de 10,5km.

Passamos no meio do público várias vezes, o que sem dúvida alguma dá aquele levante na moral!

Eu, particularmente saí para correr super empolgado com a minha previsão de tempo e esqueci de cumprir a sugestão do técnico.

Deu no que deu. No kilômetro 16 da corrida, eu descobri o significado do termo "quebrar".

Faltando 5km eu não consegui correr acima de 10km/h. Alguns companheiros de prova viram o sofrimento e tentaram me levar com eles.

Mas, aos que ainda não passaram por isso, acreditem em mim, quando não dá, não dá!

O castelo vai se aproximando, as contas vão se fechando na cabeça, a previsão de tempo de prova vai se concretizando até que passamos dentro da multidão faltando menos de um 1km e aí a ficha cai.

Depois de 5:06, missão cumprida com louvor.

Fazer esse relato e não agradecer a algumas pessoas pelo apoio seria uma injustiça enorme!

Fica registrado o meu MUITO OBRIGADO ao Walter Tuche (por motivos mais do que óbvios), à Márcia Martinez (pelas desempenadas providenciais), à Camila Negri (pela parceria loka), ao Genésio (pelas dicas e pelos treinos) e à Dona Berê ao "seu Adolfo" (simplesmente por tudo).

É isso! Rumo a Miami! Agora não é só contra as pernas e contra a cabeça, vamos contra o relógio!!!

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