terça-feira, 16 de agosto de 2011

O AQUARIO EXISTE!!

Quando nos envolvemos com o Triathlon há alguns anos, percebemos que a natação era e é um dos grandes problemas dos atletas, nao especificamente ao que se refere ao desempenho físico, mas, acima de tudo em relação a adaptação e medo do mar. Nas aulas de natação que sõa dadas em todas as faixas etárias, a ADAPTAÇÃO AO MEIO LÍQUIDO é de fundamental importância. Nadar relaxado, sem franzir a testa, nadar de olhos abertos, saber flutuar e descontrair-se na agua, fazem parte disso.

Após o aprendizado da natação, as cidades litoraneas , principalmente, sofrem com problemas de afogamento em mar, nao só pela pessoa nao saber nadar, mas muitas vezes pelo abuso ou desespero.

Diante desse quadro e com um número maior de praticantes de natação e triathlon, começamos com nosso AQUÁRIO. Brincávamos , eu , Pedro Cunha (aluno) , Bruno e Zaca (salva vidas) e Guilherme Linhares (professor) que o aquário (piscina da estação ) no inverno estava vazia e só os mais aficcionados iam pra dentro d´agua conosco (Guilherme era somente espectador). Rafael Brasilia se juntou ao grupo e o AQUÁRIO PEGOU.

Trouxemos ele para a praia, e nos dias de hoje são quase 50 pessoas em nossos treinos no mar, com bóias , varios professores um caiaque ( NA 1 - não afogado 1) e esperando a chegada do NA2 ( ja encomendado nos melhores estaleiros do mundo), tornamos nossa natação mais segura. 

No Jornal o Globo de hoje, saiu uma matéria ( abaixo em negrito) que voce deve ler com atenção.

Nosso cuidado com nossos alunos não é pouco e nossa atenção sempre a maior POSSÍVEL

DOMINGO É DIA DE AQUÁRIO!!!!


Assunto: Alerta vermelho no triatlo Jeff Z. Klein

A morte de dois atletas por parada cardíaca no rio Hudson durante o New York City Triathlon, no dia 7 de agosto, chamou a atenção para os perigos da natação em águas abertas nesse tipo de evento - a autópsia nos corpos do homem e da mulher que morreram após os 1500 metros da prova foi inconclusivo - e representantes da Associação Americana de Triatlo, órgão do governo responsável pelo esporte, disseram que medidas visando ao aumento da segurança nestas competições estão sendo discutidas, mas ainda não há mudanças previstas. As distâncias padrão do triatlo, na ordem de execução, são: 1,5km de natação, 40km de ciclismo e 10km de corrida.

- Um certificado do atleta, bem como as exigências para que ele possa nadar, continuam a ser discutidos e avaliados. Vamos considerar todas as opções para avançar nessa questão - afirmou o porta-voz Chuck Menke.

Certificado para entrar na prova

Os perigos relacionados ao estresse de respirar em águas abertas em meio a uma multidão de nadadores, no entanto, são conhecidos há bastante tempo por treinadores. Em seus treinamentos, inclusive, eles procuram incorporar técnicas para que seus alunos se familiarizem com um ambiente diferente da piscina.

- O que você faria se sofresse uma hiperventilação? - questiona Neil Cook, treinador do Asphalt Green Triathlon Club, em Manhattan. - O que você faz se os seus óculos saírem? Se bater em um barco? Se alguém nadar sobre você? Se qualquer uma dessas coisas acontecer no mar aberto e você não estiver preparado, poderá entrar em pânico. Nesse caso, estará realmente em apuros.

Um estudo publicado pelo jornal da Associação Médica Americana, em 2010, mostrou que 13 das 14 mortes no triatlo entre 2006 e 2008 aconteceram na natação. Sete dos nove corpos que passaram por autópsia revelaram anormalidades cardíacas e pesquisadores acreditam que estas foram desencadeadas pelo estresse da natação em águas abertas.

O risco de morte súbita no triatlo é de 1,5 por 100 mil participantes, enquanto na maratona é 0,8 por 100 mil. - Tantas coisas podem dar errado em um mergulho em água aberta - diz Dr. Stuart Weiss, diretor-médico do New York City Triathlon. - Há uma combinação de água, adrenalina, esforço e todas as coisas que, de alguma forma, trabalham juntas para levar as pessoas a um ritmo cardíaco anormal.

Na semana passada, os organizadores do evento revelaram que estão considerando exigir um certificado de capacitação para natação em águas abertas, assim como um check up médico recente, aos interessados em disputar a prova em 2012.

O número crescente de triatletas de primeira hora é resultado do crescimento fenomenal do esporte nos últimos anos. Em 1993, a Associação Americana de Triatlo tinha menos de 16 mil membros. Em sete anos, passou para 21 mil. A partir de 2000, o número de interessados aumentou vertiginosamente, chegando a 58 mil em 2005 e 140 mil em 2010. Em um período de dez anos, o número de clubes de triatlo nos Estados Unidos também aumentou, passando de 40 para 869, e a quantidade de técnicos subiu de 229 para 1800.

Todo esse aumento reflete uma mudança de percepção. Há pouco tempo, a ideia da natação seguida por um longa distância de ciclismo e corrida parecia impossível para as pessoas comuns, sendo restrita aos atletas de elite, com mais resistência. Agora, muitos atletas sem treinamento específico passaram a praticar o triatlo e a serem conhecidos como "guerreiros de fim de semana". Assim, a quantidade de pessoas que se inscreveram na associação americana para disputar uma das provas oficiais pulou de 100 mil em 2000 para 325.732 em 2010.

Por conta disso, o treinador Neil Cook defende que haja exigências para disputar provas de triatlo.

- É necessário algum tipo de certificação que diga que a pessoa pode nadar em águas abertas por, pelo menos, uma hora - afirma. - Se ela não tiver isso, não pode competir.

Cook dá aulas para triatletas em dez sessões. Em uma delas, ele remove as raias da piscina olímpica e faz com que os cerca de 20 alunos nadem juntos, em círculo, por dois períodos de 20 minutos. Esse exercício resulta em numerosas colisões e chutes no rosto, entre outras situações desagradáveis.

- Algumas pessoas saem da água e dizem: "eu não posso fazer isso". Mas conversamos, elas voltam para a sessão seguinte e ficam bem. Isso acontece porque, na segunda vez, já têm a experiência do caos e estão mais capazes de lidar com a situação - explica Cook, que também leva seus alunos para nadar na praia de Brighton. - Assim, eles podem aprender a lidar com a sensação de não ver o fundo e não ter paredes.

Treinadora da equipe americana de triatlo em 2010, Melissa Mantak diz que esse tipo de aclimatação é importante para os recém-chegados ao esporte.

- Infelizmente, eu vejo um monte de gente inadequadamente preparada para a natação fora da piscina - diz Melissa, que treina triatletas desde 1998. - Eles não sabem o quão desafiador pode ser. Eu já vi nadadores fantasticamente talentosos entrarem em águas abertas e travarem de pavor.

Os organizadores de provas de triatlo tanto sabem desses perigos que, geralmente, requisitam mais salva-vidas para as competições do que os recomendados pela Associação Americana (em vez de 30, usam 50). Eles também estão começando a organizar as provas de natação, que costumam ser caóticas. Por causa das águas agitadas, em Nova York, a largada foi feita em grupos de 20, com uma diferença de poucos segundos entre eles.

- Os eventos oficiais devem cumprir a exigência de um mínimo de três minutos entre as largadas, e não mais de 150 atletas por vez - explica o diretor de eventos da Associação Americana, Kathy Matejka. - Largadas por tempo de classificação, com menos de 20 atletas por vez, em intervalos mais curtos, também são permitidos.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/esportes/mat/2011/08/15/alerta-vermelho-no-triatlo-925138178.asp#ixzz1VCfdtw7e

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