sexta-feira, 22 de março de 2013

70.3 San Juan



 Por Anísia Costa Beber
Acordei no dia 17/03 com a responsabilidade de quem já treinava há algum tempo e por diversos contratempos não tinha conseguido terminar nenhuma prova de longa distância. Não importava o que acontecesse eu iria ultrapassar aquela linha chegada!
Apesar de criarmos algumas expectativas em relação a tempo, elas se vão conforme o senhores clima, tempo e regras avançam. Triatlhon definitivamente não é uma ciência exata! Logo no início da manhã recebemos a notícia que não seria permitido o uso de roupas de borracha. Ai ai ai! Logo a natação que sempre foi meu calcanhar de Aquiles! Ficou definido que quem optasse por usar a roupa sairia na ultima “wave” e não concorreria a vaga do mundial. Mas eu queria a vaga! Brincadeirinha... Eu queria entrar para o jogo de verdade! A questão era que eu havia nadado sem roupa no mar pela primeira vez no dia anterior e só 700 metros. Só que eu me senti muito bem com aquela “nadadinha”e essa sensação ficou comigo... Levei a roupa de borracha para a largada e fiquei pensando, analisando os pós e contras. Definitivamente nos temos dentro de nos forças que desconhecemos, quando a minha “wave” 30-34 alinhou na largada, lá estava eu junto com a mulherada. Já dentro da água uma americana (pelo menos acho eu ela era) começou a falar um monte de coisas legais. O quanto éramos vitoriosas por estar lá e se fazíamos ideia de quantos por cento da população já havia feito uma prova daquela. Foi com a força daquelas palavras que larguei...
Comecei a nadar me afastando alguns metros das outras participantes, não queria me apavorar ao me embolar com alguém. Foi assim que segui, longe do bolo e fazendo o que havia treinado. Não olhei em nenhum momento para o relógio, não precisava de tempo, precisava passar por aquela que seria minha maior dificuldade: a natação. Depois de 48 min e 52 seg terminei os 2080 metros (que o meu relógio marcou). Achei que havia nadado mais do que o necessário, só que o Cristiano que nadou “bóia a bóia” marcou a mesma distância do que eu. Sai do mar me sentindo bem e corri os 700 e poucos metros da transição até a bike.
No pedal procurei manter um ritmo de 33-34 km/h e percebi que começava ultrapassar as mulheres da minha faixa etária (já que a idade estava na panturrilha), foi nesse momento que decidir me desligar de outras referências, aquela era a minha prova. It’s all about me!!! Entre o km 30-40 caiu uma chuva pesada, deixando a estrada, meus pãozinhos e minhas cápsulas de sal muito molhados. Rs! Todos atletas entraram em estado de alerta. Foquei na segurança e prossegui, cheguei a ver a atleta favorita da prova a Mirinda Carfre no chão, ela acabou não ficando nem entre as 10 primeiras. A estrada começou a secar e veio um vento lateral desesperador que  não deixava meu velocímetro subir para mais de 28 km/h, isso durou ate o final do pedal. Finalizei meu pedal em 2 horas e 55 min, me sentindo feliz com o resultado, principalmente por causa das circunstâncias.
Na transição da bike para a corrida me desentendi com o relógio novo e resolvi deixar ele de lado e correr por instinto. Comecei a correr com as pernas pesadas e para piorar a etapa da corrida começou com uma subida, meu “pace” só foi melhorar no km 4 quando avistei uma ladeira que me lembrava o pelourinho. Rs! A corrida foi toda assim, em um terreno totalmente acidentado, o que impediu um pouco o ritmo. Lá pelas tantas uma câimbra começou a insistir em aparecer, tentei tirar o foco e aproveitar o visual do forte de Porto Rico. Já com a endorfina em alta nas veias, me emocionei por diversas vezes e me senti a pessoa mais abençoada do mundo por estar ali. Acho que a estratégia de desfocar funcionou...
A prova teve uma excelente organização! Um show a parte foram os porto-riquenhos que pararam a cidade para nos assistir. Torciam, serviam água na porta de suas casas, nos molhavam usando mangueiras. Esqueci de dizer que apesar da chuva no pedal, a corrida foi feita em um calor de 40 graus...
Foi com a alegria que a endorfina proporciona que terminei em 6 horas 28 minutos o 70.3 de San Juan! Quero agradecer ao Walter pelo treinamento, meus amigos e familiares pela torcida e ao meu marido pelo apoio incondicional de sempre!!!
                                                                                                          




Por Cristiano Beber


Chegamos em Porto rico na quinta feira, ficamos hospedados no hotel Caribe Hilton que é um dos dois hotéis da prova muito confortável  e ótima indicação. Ah não  esqueça que esse pequeno pais pertence ao EUA e claro que precisa de visto americano .
Na sexta montamos as bikes e fomos pegar nossos kit's, também foi o dia que começou a feira do evento, pequena, mais muito bem servida de muamba rs ! E melhor, $ USA. Aproveitamos depois pra dar uma corrida leve pela cidade e soltar as tenções.
No sábado foi a vez do pedal, andamos por cerca de 1 hora, tudo redondo, fizemos o bike check in e  aproveitamos também pra dar uma caída no lugar onde seria a natação da prova, bóias já nos lugares, caímos sem "wet suit" e nadamos 15 min. Foi nossa primeira experiência sem roupa no mar. 
A noite é claro um jantar maneiro num restaurante italiano (Sofia) num lugar agitado da ilhota..ótimo pra balada! 
Domingo finalmente o dia da prova 
4:30 café e  quando fomos colocar nossas comidas e suprimentos na bike, percebemos que o dia nao seria nada fácil, a temperatura da água estava 25,5 centígrado  e o uso de Wet foi proibido, gelei porque nunca tinhamos nadado no mar aquela distancia sem wet.
Mais também sabíamos da nossa capacidade e quanto o nosso velho e bom aquário nos deixa preparado.
Também tomei a decisão de ir num ritmo mais lento porém seguro, não gastar muita energia pro resto da prova,  a transição é bem longa 700 metros, peguei a bike e apedal numa media de 36 km,   lugar lindo Chegamos em Porto rico na quinta feira, ficamos hospedados no hotel Caribe Hilton que é um dos dois hotéis da prova muito confortável  e ótima indicação. Ah não  esqueça que esse pequeno pais pertence ao EUA e claro que precisa de visto americano .
Na sexta montamos as bikes e fomos pegar nossos kit's, também foi o dia que começou a feira do evento, pequena, mais muito bem servida de muamba rs ! E melhor $ USA. Aproveitamos depois pra dar uma corrida leve pela cidade e soltar as tenções.
No sábado foi a vez do pedal, andamos por cerca de 1 hora, tudo redondo, fizemos o bike check in e  aproveitamos também pra dar uma caída no lugar onde seria a natação da prova, bóias já nos lugares, caímos sem "wet suit" e nadamos 15 min. Foi nossa primeira experiência sem roupa no mar. 
A noite é claro um jantar maneiro num restaurante italiano (Sofia) num lugar agitado da ilhota..ótimo pra balada! 
Domingo finalmente o dia da prova 
4:30 café e  quando fomos colocar nossas comidas e suprimentos na bike, percebemos que o dia nao seria nada fácil, a temperatura da água estava 25,5 centígrado  e o uso de Wet foi proibido, gelei porque nunca tinhamos nadado no mar aquela distancia sem wet.
Mais também sabíamos da nossa capacidade e quanto o nosso velho e bom aquário nos deixa preparado.
Também tomei a decisão de ir num ritmo mais lento porém seguro, não gastar muita energia pro resto da prova,  a transição é bem longa 700 metros, na bike estava pedalando numa media de 36 km,   lugar lindo e cenário perfeito, só não contava com um chuva forte no meio, redobrei as atenções pois formaram muitas poças pelo caminho,  o pior na realidade foi os últimos 30 km, parou de chover e entrou um vento muito forte, mais uma vez pensei, vamos lá... Também treinei pra isso... E lembrei do Weio no chicote rs !!
Fiz a transição pra corrida e pensei " agora é minha parte favorita" sai num pace de 5:10 Estava me Sentido muito bem, ai começou o sobe e desce,  difícil de encaixar o ritmo constante, ah, na corrida o tempo abriu e o homem lá de cima deu um sol pra cada maluco ali !!
Terminei em 5:29,  muito feliz e bem cansado !!
Weio o bom disso é que percebi muitas coisas  e a principal é como faz falta a galera toda junta, olhar pro rosto de uma parceiro e amigo de treino num prova faz a maior diferença.
Que venha o iron Brasil 2013 com os laranjas dominado Floripa.

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