CRUCE DE LOS ANDES 2013, por ANDRE CAULA

Há menos de 90 dias para a 12ª Edição do El Cruce Columbia 2013, os atletas inscritos na prova começam a ficar ansiosos. Aqueles que estão em dia com o treinamento vão se aprimorando. E os que estão devendo, por motivos de lesão ou mesmo pura preguiça, tentam recuperar o tempo perdido. Alguns pensam que o treinamento para esta prova é mais fácil que o treinamento para uma prova de triathlon, ou mesmo o Ironman. De fato, por não ter a diversidade de

modalidades do triathlon, pode, a princípio, parecer verdade.

 

Entretanto, diferentemente das corridas de rua, onde o atleta consegue estabelecer uma velocidade constante, e que na maioria das vezes a surpresa ocorre por conta da variação de tempo, com sol forte, chuvas ou ventos contra ou a favor, a corrida de montanha enfrenta diversos obstáculos. Terreno irregular, subidas íngremes, descidas escorregadias, travessia de rios, trechos de neve, ventos frios, sol escaldante são possibilidades reais e imprevisíveis. Sem contar o fato de passar duas noites acampados, dormindo em sacos, utilizando banheiros químicos e tomando banho no lago gelado. Além disso, em mais de 10 anos de prova, o traçado do percurso do El Cruce jamais se repetiu, uma característica que considero a mais interessante e sedutora desta prova. Mas também significa uma surpresa a cada ano. Novo trajeto, novas estratégias, novos desafios, novas (e antigas) amizades. Cada edição é única e inesquecível.

 

E a próxima edição promete ficar para história. A equipe de organização parece cada vez mais dedicada, eficiente e madura. E o novo desafio será nada mais, nada menos do que superar três vulcões, um a cada dia, Villarrica (alt. 2.843 m), Quetrupillán (alt. 2.360 m) e Lanín (alt. 3.776 m) são nossos alvos. A cidade sede será Pucón no Chile, terminando o desafio em Junín de los Andes na Argentina. Minha única dica para os que vão pela primeira vez: TREINEM BASTANTE. Musculação, exercícios de propriocepção, pliometria, muitas subidas, mais descidas ainda, e longões (para treinar o fator mental). Não subestimem esta prova. Desta forma, cada atleta poderá desfrutar de uma beleza natural singular e de raros momentos de companheirismo e superação pessoal. E que venham Los Volcones!